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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Os Poderes Nucleares Atuais.


Diante de hoje, dia chuvoso e frio, aproveitei para dar uma pesquisada sobre a situação das forças nucleares disponíveis e esbarrei num texto de uma rádio portuguesa (Rádio Renascença) que apresenta uns dados interessantes e que agora, devidamente creditados, vou aqui incluir como outra fonte de consulta sobre o tema.
**Mantive a redação original.


Quem são os poderes nucleares no mundo?
Inserido em 06-07-2009 17:03




Numa altura em que Barack Obama e Dmitry Medvedev tentam chegar a acordo sobre armas nucleares, impõe-se conhecer os poderes nucleares que existem actualmente no mundo.

Potências nucleares oficiais

Estados Unidos – de acordo com a contabilidade feita através do Tratado START I, em Janeiro deste ano os EUAS teriam cerca de 5.200 ogivas nucleares armazenadas e 2.700 completamente operacionais (2.200 estratégicas e 500 não-estratégicas). A distinção entre armas estratégicas e não-estratégicas (também conhecidas como tácticas) reflecte as definições militares, por um lado, de uma missão estratégica e, por outro, do uso mais imediato e táctico de armas nucleares. De acordo com o Tratado de Moscovo, de Maio de 2002, EUA e Rússia comprometem-se a reduzir as suas forças estratégicas nucleares para entre 1.700 e 2.200 ogivas até 2012.

Rússia – estima-se que tenha cerca de 14 mil armas nucleares, mas o arsenal não é conhecido na sua totalidade, uma vez que não há uma contagem precisa das armas nucleares tácticas. Sob a alçada do START I, o arsenal russo foi reduzido para cerca de 4.140 ogivas estratégicas em Julho de 2008.

França – faz parte do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares desde 1992. Em 2008, o Presidente Nicolas Sarkozy anunciou que o país iria manter o arsenal nuclear submarino. Por outro lado, comprometeu-se a reduzir em um terço os mísseis aerotransportadas para cerca de 290 ogivas. Em Setembro de 2008, a França tinha reduzido o seu arsenal total para cerca de 300 ogivas.

Reino Unido – tem menos de 200 ogivas estratégicas e sub-estratégicas instaladas em quatro submarinos nucleares da classe Vanguard.

China – o programa nuclear chinês arrancou em 1955 e culminou num teste bem sucedido em 1964. Desde então que a China realizou 45 testes nucleares, incluindo bombas termonucleares e bombas de neutrões. O país deverá ter cerca de 400 armas estratégicas e tácticas e material atómico suficiente para produzir um arsenal muito maior. Entrou para o Tratado de Não-Proliferação em 1992 e comprometeu-se a não usar força atómica contra países não-nucleares.

Outras nações “declaradas” nucleares

Coreia do Norte – testou o seu primeiro engenho atómico em Outubro de 2006 e o segundo em Maio de 2009. Tem levado a cabo inúmeros testes com mísseis, nomeadamente após o ensaio de Maio deste ano. Pyongyang abandonou o Tratado de Não Proliferação em Janeiro de 2003.
Negociações entre seis países (Coreia do Norte, Coreia do Sul, Japão, China, Rússia e Estados Unidos) começaram em 2003para tentar controlar as ambições nucleares de Pyongyang, mas fracassaram em 2005. As negociações foram retomadas em 2007 e, em Junho do ano seguinte, a Coreia do Norte apresentou o seu programa de armamento nuclear. No entanto, a Coreia do Norte veio dizer, em Abril, que iria recomeçar a construção da central onde pretende fazer enriquecimento de urânio.

Índia – auto-declarou-se um estado nuclear e deverá ter cerca de 50 a 60 ogivas, segundo um relatório de 2007 do Painel Internacional para os Materiais de Fissão. Quer a Índia, quer o Paquistão, não assinaram o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares.

Paquistão – julga-se que terá entre 580 e 800 quilos de urânio enriquecido, suficiente para fabricar entre 30 e 50 bombas de fissão. De acordo com os EUA, a China terá ajudado o Paquistão no fornecimento de material nuclear, conhecimento científico e assistência técnica. O Boletim dos Cientistas Atómicos estimava que, em 2007, o Paquistão teria um arsenal de cerca de 60 ogivas.

Outras nações “não declaradas”

Israel – é do conhecimento público que tem um arsenal nuclear de alguma dimensão, embora a postura de Telavive continue a ser de grande ambiguidade.
Tendo por base a capacidade de produção de plutónio no reactor de Dimona, Israel deverá ter entre 100 e 200 bombas nucleares. Oficialmente, Israel garante que não será o primeiro país a introduzir armas atómicas no Médio Oriente, mas Telavive não assinou o Tratado de Não-Proliferação.

Irão – tem sido um Estado não-nuclear signatário do Tratado de Não-Proliferação desde 1970. Tem actualmente em curso um programa de enriquecimento de urânio que garante estar destinado à produção de energia eléctrica. O Ocidente suspeita das intenções do regime de Teerão, sobretudo devido às restrições que tem imposto aos inspectores da AIEA. O Irão continua sob o efeito de sanções por recusar suspender as actividades de enriquecimento de urânio.


Pedro Caeiro com Reuters


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