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sábado, 25 de setembro de 2010

O Irã entre Nova York e Viena

Em Viena, a AIEA por 51 votos contra, 46 a favor e 23 abstenções, rejeitou uma proposta feita por Estados Árabes no sentido de forçar Israel a aderir ao TNPN (Tratado de Não-Proliferação Nuclear). Ao mesmo tempo, o presidente Obama acusou o seu “colega” iraniano de fazer uma declaração ao mesmo tempo ofensiva e injuriosa, quando Ahmadinejad, na sessão da Assembleia Geral da ONU disse ver nos ataques de 11 de setembro uma manipulação.

Interessante que na semana passada, no canal Infinito, um documentário apresentava muitos questionamentos perturbadores, para dizer o mínimo. Não me consta que a Casa Branca tenha qualificado o documentário da mesma forma que a referência ao presidente iraniano.
Este inclusive condenou as sanções unilaterais contra seu país e anunciou que se o fornecimento de combustível nuclear for garantido, o Irã poderá deixar de enriquecer urânio.
Enquanto os EUA pressionarem o Irã, o regime poderá sempre apelar para a mobilização nacionalista e religiosa de que o governo resiste a pressões indevidas e injustas, reforçando sua coesão interna.  E após este episódio da AIEA, com justa razão Teerã e os árabes podem reclamar de mais uma demonstração de como se usam dois pesos e duas medidas entre iranianos e israelenses na questão nuclear.
Na aplicação de sanções, por seu lado, também faltou coesão as potências do Sexteto e na atuação e aplicação destas sanções pelo Conselho de Segurança. Já apontei anteriormente neste espaço, que a China e a Rússia faziam um jogo próprio em relação ao Irã.
Recentemente, a revista Carta Capital publicou uma excelente matéria desmistificando grande parte dos estereótipos sobre os iranianos, sua vida e seu governo.

Nada como se ter um outro ponto de vista para, copiando o seu Raul, “não ficar com a aquela velha opinião formada sobre as coisas”!

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