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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Porta-aviões George Bush aproxima-se da costa da Síria





O moderno porta-aviões atômico da Marinha de Guerra dos EUA George Bush foi deslocado da região do Golfo Pérsico para as costas da Síria. O navio é capaz de transportar até 70 unidades de aviação, inclusive 48 caças-bombardeiros. O porta-aviões é acompanhado por um grupo naval de apoio, que inclui um destróier.

Por este motivo, os especialistas apresentam um roteiro tanto pessimista como relativamente tranqüilo do desenvolvimento da situação junto às fronteiras marítimas da Síria. O colaborador do Centro Analítico da Conjuntura Econômica, Maxim Minaev, está convicto do seguinte:

“Trata-se da preparação de uma operação militar contra a Síria. Estas ações fazem lembrar a iniciativa análoga de concentração do grupo naval dos países da OTAN próximo da Líbia. Em geral, o roteiro se repete. Washington quer obter o máximo de dividendos da série de revoluções nos países do Oriente Médio e Norte de África. Considerando isto, Washington parte para a intervenção militar sem a sanção da ONU. E agora nós observamos a primeira etapa de colocação de contingentes navais dos países da OTAN sob a égide dos EUA no litoral da Síria.”

O orientalista da Universidade Militar, Oleg Kulakov, por enquanto não tende a dramatizar demais a situação:

“O fortalecimento do grupo de porta-aviões da Marinha de Guerra dos EUA no Mar Mediterrâneo tem caráter de ameaça. O tempo mostrará. É absolutamente evidente que os EUA realmente brandem armas. Eles nunca deixaram de fazê-lo. Aumentam seu grupo lá e isto naturalmente é um forte elemento de intimidação política, devendo a pressão militar ainda aumentar. Mas, talvez, não se possa falar de intervenção militar direta.”

No entanto, o aumento da tensão em torno da Síria parte também de outra frente. Um dia antes do envio do George Bush para as costas da Síria, o canal de televisão saudita Al Arabia divulgou uma notícia da tipo os russos estão chegando. Ele informou que, nas águas territoriais da Síria, estariam três navios da Marinha de Guerra da Rússia. Ele cita uma certa fonte próxima das autoridades supremas sírias.

A notícia, publicada por fonte saudita, foi repetida pelo jornal israelense Gaarets e por outros meios de informação regionais. Um representante do Ministério da Defesa da Rússia, em entrevista à Voz da Rússia, não confirmou esta informação .

Enquanto isso, os especialistas assinalam que no porto sírio de Tartus encontra-se uma base militar russa, por isso não há nada de surpreendente no fato de que lá poder ter sido assinalada a presença de navios da Marinha de Geurra da FR. Este é ponto de abastecimento material e técnico – a única base militar russa hoje nesta zona distante.

O acordo sobre a instalação da base foi assinado com o governo da Síria há 40 anos, ainda nos tempos soviéticos. Hoje em Tartus restam apenas 50 marinheiros da Frota do Mar Negro. Eles dispõem de três atracadouros, oficina flutuante, depósito para equipamentos auxiliares e diferentes estruturas em terra.

No âmbito do combate aos piratas somalis, no ano passado o porta-aviões russo Almirante Kusnetsov chegou à base em Tartus. Lá descansou a tripulação do destróier Neustrachimi antes de voltar do golfo de Aden para Baltiisk. A base deverá ser modernizada para poder receber navios pesados depois de 2012.


FONTE: Voz da Rússia / FOTO: US Navy

Complemento

Rússia envia navios de guerra para base na Síria, diz jornal


Galante 28/11/11 13:24    http://www.naval.com.br/blog/2011/11/28/russia-envia-navios-de-guerra-para-base-na-siria-diz-jornal/

A Rússia está enviando uma frota de navios de guerra para sua base naval na Síria, em uma demonstração de força que sugere que o governo russo está disposto a defender seus interesses no país, à medida que cresce a pressão internacional sobre o presidente Bashar al-Assad.


O jornal Izvestia divulgou nesta segunda-feira, citando o almirante russo aposentado Viktor Kravchenko, que a Rússia planeja enviar seu porta-aviões “Almirante Kuznetsov” e um navio patrulha, uma embarcação antisubmarino e outros navios. “Ter qualquer força militar além da Otan é muito benéfico para a região, uma vez que impede a eclosão de conflitos armados”, disse Kravchenko, que foi chefe da equipe da Marinha de 1998-2005, segundo o Izvestia.

Um porta-voz da Marinha, citado pelo jornal, confirmou que os navios de guerra russos seriam deslocados para a base de manutenção que a Rússia mantém na costa síria perto de Tartus, mas disse que a viagem não tem nada a ver com a revolta contra Assad. O jornal disse que o porta-aviões Almirante Kuznetsov seria armado com pelo menos oito caças Sukhoi-33, vários caças MiG-29K e dois helicópteros.

Sanções da Liga Árabe e pedidos da França para a criação de zonas humanitárias na Síria aumentaram a pressão internacional sobre Assad para acabar com a repressão, que segundo as Nações Unidas já causou a morte de 3.500 pessoas durante nove meses de protestos contra seu governo. A Rússia, que tem uma base de manutenção naval na Síria e cujo comércio de armas com o país rende milhões de dólares por ano, juntou-se à China no mês passado para vetar uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, apoiada pelo Ocidente, condenando o governo de Assad.

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