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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Brasil - o 6º que pode valer o 10º


Sexto PIB mundial, Brasil avança no FMI mas ainda é só o décimo


Diário Oficial publica aval parlamentar à adesão, pelo governo, a acordo de dezembro de 2010 fechado pelos membros do Fundo Monetário Internacional que redivide poder interno. Brasil ganha quatro posições e torna-se 10º sócio. Com PIBs menores, Reino Unido, Itália, Rússia e Índia estão na frente. Nova ordem deve vigorar em outubro.


BRASÍLIA – O Brasil já é oficialmente signatário de um acordo feito por todos os 187 membros do Fundo Monetário Internacional (FMI) pelo qual haverá uma redistribuição de poder dentro da instituição que transforma o país em um de seus dez maiores sócios. Nesta segunda-feira (26), foi publicado no Diário Oficial da União um decreto legislativo que ratifica a participação do Brasil no acordo, formalizada pelo governo em dezembro e 2010.

     De acordo com o tratado de um ano atrás, o Brasil compra mais 0,5% das cotas do fundo, ao preço de US$ 10 bilhões, e totaliza 2,31%. Com isso, passa à frente de Holanda, Bélgica, Canadá e Arábia Saudita, deixa para trás o 14º lugar e assume o 10º.
     Neste processo de redistribuição de poder no FMI, a instituição vai dobrar de tamanho. Seu patrimônio, na forma de cotas, sobe de US$ 338 bilhões para US$ 776 bilhões.
     Quem mais se beneficia do acordo é a China, que era o sexto maior acionista, mas vai superar Alemanha, França e Reino Unido e se tornar o terceiro. Os dois países mais poderosos no organismo continuam sendo Estados Unidos e Japão. Veja abaixo as mudanças:
COMO É HOJE*

1º Estados Unidos (17,70% das cotas)
2º Japão (6,57%)
3º Alemanha (6,12%)
4º Reino Unido (4,51%)
5º França (4,51%)
6º China (4,00%)
7º Itália (3,31%)
8º Arábia Saudita (2,94%)
9º Canadá (2,68%)
10º Rússia (2,50%)
11º Índia (2,45%)
12º Holanda (2,17%)
13º Bélgica (1,94%)
14º Brasil (1,79%)

*Fonte: FMI

COMO FICA**

1º Estados Unidos (17,40%)
2º Japão (6,46%)
3º China (6,39%)
4º Alemanha (5,58%)
5º Reino Unido (4,22%)
6º França (4,22%)
7º Itália (3,16%)
8º Índia (2,75%)
9º Rússia (2,70%)
10º Brasil*** (2,31%)
11º Canadá (2,31%)
12º Arábia Saudita (2,09%)
13º Holanda (1,82%)
14º Bégica (1,34%)

**Fonte: Elaboração própria a partir de mensagem enviada pelo governo ao Congresso
*** Tem mais cotas do que o Canadá e o supera nas demais casas depois da vírgula

     A reorganização das forças internas no FMI ajuda a adequar um pouco – mas não totalmente – a instituição à nova realidade econômica global. O Brasil, por exemplo, tornou-se a sexta maior economia do mundo em 2011, superando o Reino Unido – perde, pela ordem, para Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e França.
     No FMI, contudo, ainda está politicamente atrás do mesmo Reino Unido, França, Itália e de outros dois BRICs, Rússia e Índia, todos com produto interno bruto (PIB) menor. Segundo o governo, é importante ganhar posições na estrutura de poder do FMI para aumentar sua influência em decisões da instituição.
     A reforma da estrutura interna do FMI também prevê mudança na forma de escolha dos 24 diretores. Hoje, cinco são indicados por Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido e França, atualmente os maiores cotistas. Os outros 19 são eleitos pelos outros 182 países para mandato de dois anos. Com a reforma, todos terão de ser eleitos.
     Todos os 187 países membros comprometeram-se a aprovar este acordo em seus parlamentos até outubro de 2012. No Brasil, os deputados votaram-no dia 6 de dezembro e os senadores, dia 20.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=19286

Obs:  MAS AINDA EXISTE MUITO POR FAZER -------------------------------------->




http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/12/111226_mantega_brasil_uk_mdb.shtml

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