A instituição está criando um sistema de compra
rápida de ferramentas virtuais para defender redes militares
WASHINGTON – O
Pentágono está estabelecendo um processo de aquisição rápida que permitiria o
desenvolvimento de novas ferramentas de guerra cibernética em questão de dias
ou meses, se isso fosse urgentemente necessário, afirmou o Departamento da
Defesa dos Estados Unidos em relatório ao Congresso norte-americano.
O processo, que
seria supervisionado por um novo Conselho de Administração do Investimento
Cibernético, quer enxugar os procedimentos tradicionalmente lentos para
aquisição de equipamento de defesa a fim de se enquadrar ao ritmo acelerado dos
acontecimentos no ciberespaço, segundo o relatório.
O Congresso, em uma lei de defesa aprovada
no ano passado, instruiu o Pentágono a desenvolver uma estratégia que
permitiria adquirir rapidamente armas, aplicativos e outras ferramentas de
guerra cibernética. O Pentágono enviou um relatório ao Congresso no final do
mês passado para delinear essa estratégia.
Conforme o relatório, do qual a Reuters
obteve uma cópia nesta quinta-feira, 12, o processo de aquisição de ferramentas
de guerra cibernética pelo Pentágono terá duas linhas – uma acelerada e uma
regular -, e o caminho escolhido seria selecionado de acordo com a urgência do
assunto.
“Essa estrutura permite que processos
alternativos de aquisição sejam adaptados à complexidade, custo, urgência da
necessidade e cronograma de implementação associados ao desenvolvimento da
ferramenta de guerra cibernética que esteja sendo desenvolvida”, afirma o
relatório.
“Os programas com maior risco e maior
tempo de implementação, e portanto maior custo e complexidade, serão
administrados com maior fiscalização e abordagens mais centralizadas”, acrescenta.
Sob o processo, as necessidades
cibernéticas poderiam ser identificadas e definidas por muitas organizações
diferentes no departamento.
O Comando Cibernético das forças armadas
norte-americanas, uma organização de combate criada quase dois anos atrás para
defender as redes militares e executar operações ofensivas de guerra
cibernética caso assim instruído, validaria as necessidades. O pessoal do
Comando Cibernético definiria qual das duas linhas de aquisição seria usada.
A abordagem rápida seria em geral
empregada “em resposta a necessidades urgentes e críticas para nossas missões,
em apoio a operações correntes ou para combater novas ameaças”, afirma o
relatório.
REUTERs
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