O desenvolvimento de sistemas antimísseis e antissatélites não é uma prerrogativa dos EUA e da Rússia. Esse tipo de armamento é desenvolvido por muitos outros países, incluindo a China, Israel e a Índia.
O potencial da China nessa área
começou a ser discutido a sério em janeiro de 2007, quando a partir do
território da RPC foi efetuado o lançamento de um míssil interceptor que
destruiu o satélite meteorológico chinês Feng Yun-1C. Para considerar decididamente a importância desse acontecimento há que recordar que os
satélites militares utilizam órbitas mais baixas.
A
situação é diferente no que diz respeito ao desenvolvimento da defesa antimísseis. Neste momento a China não dispõe de um potencial de
instalação de um sistema moderno completo de DAM. Os seus sistemas de
mísseis terra-ar são capazes de enfrentar apenas aviões e mísseis de
cruzeiro, mas não os mísseis balísticos.
Começou-se a
falar da possibilidade de a Índia desenvolver sistemas antissatélite no
início dos lançamentos espaciais independentes deste país. Esses planos
foram levados a sério depois do lançamento experimental com sucesso, em
abril de 2012, do míssil Agni-V, cujo raio de ação é superior a 5000 quilômetros. Segundo os especialistas, o exterminador de satélites
indiano será criado com base na filosofia soviética para esse tipo de
armas: o interceptor é colocado em órbita, efetua a manobra de
aproximação e elimina o aparelho espacial inimigo com uma explosão
dirigida. A vantagem desse método consiste numa fiabilidade bastante
elevada da intercepção e a desvantagem num considerável dispêndio de
tempo.
No entanto, a defesa antissatélite não é tão
prioritária para a Índia como a antimíssil. A velha história das
difíceis relações com o Paquistão e com a China com os seus importantes
arsenais de mísseis de curto e médio alcance, capazes de atingir o
território da Índia, obriga este país a levar muito a sério os
desenvolvimentos na área de DAM.
Os estudos próprios
nesse sentido já se desenvolvem há bastante tempo, mas ainda não
obtiveram sucesso. Um grande problema para a Índia é a ausência de um
radar moderno, que correspondesse aos radares do sistema Aegis norte-americanos ou aos radares russos de última geração.
A
Índia tenta superar as deficiências em meios próprios com a aquisição
de material no estrangeiro e aí sente-se uma forte influência na
política desse país de Israel, com quem a Índia colabora há muito e de
forma intensa na esfera militar. Fornecendo à Índia sistemas terra-ar de
médio alcance, Israel, no entanto, ainda não lhe facultou o sistema Arrow, capaz de interceptar alvos balísticos. A razão para disso é a posição dos EUA: o sistema Arrow
foi criado com uma importante participação americana e os EUA são muito
sensíveis no que toca à transmissão desse tipo de tecnologias a
terceiros países que não sejam seus satélites. Em 2002, eles já tinham
bloqueado um contrato desse tipo, disso resultando que de todo o sistema
Arrow a Índia só recebeu dois radares Green Pine.
Podem
surgir esperanças da obtenção num futuro previsível de um sistema
funcional de DAM por parte da Índia no caso da assinatura de um contrato
para o fornecimento de sistemas russos S-400 ou S-300VMD, mas isso é, por enquanto, uma possibilidade apenas teórica.
Fonte: Voz da Rússia http://portuguese.ruvr.ru/2012_06_17/DAM-Defesa-Aeroespacial-defesa-China-India-EUA-armamentos-satelite/
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