Os Estados Unidos alocarão a maioria de
seus navios de guerra para a região da Ásia do Pacífico até 2020, disse o
secretário de Defesa americano, Leon Panetta, neste sábado.
Detalhando a mudança estratégia para a Ásia anunciada em janeiro,
Panetta disse que os Estados Unidos manterão seis porta-aviões na região a
longo prazo, e rebalancearão sua frota de modo que 60% de seus outros navios de
guerra estejam alocados no Pacífico até 2020, comparado a 50% hoje.
Falando num fórum de segurança em Cingapura, Panetta também procurou dissipar
a ideia de que a mudança, após mais de uma década de guerra no Afeganistão e no
Iraque, foi projetada para conter a emergência da China como potência global.
Ele reconheceu diferenças entre as duas maiores economias do mundo em uma série
de questões, incluindo o Mar da China Meridional.
"Os dois países entendem que não há alternativa além de travarmos
relações, melhorar nossa comunicação e nossa relação (entre forças
armadas)", disse. "Esse é o tipo de relação madura que teremos de ter
com a China, em última instância".
Autoridades chinesas têm criticado a ênfase militar dos EUA sobre a
Ásia, vendo-a como uma tentativa de pressionar o país e frustrar suas
reivindicações territoriais.
A China enviou um representante de menor escalão para o fórum Shangri-la
Dialogue. No ano passado, o ministro da Defesa, Liang Guanglie, havia
comparecido e conheceu o então secretário de Defesa, Robert Gates. Neste ano, o
exército chinês foi representado pelo vice-presidente da Academia de Ciências
Militares.
Panetta, em compensação, foi acompanhado pelo general Martin Dempsey, a
maior autoridade do Exército do país como chefe do Conjunto das Forças Armadas
dos EUA, e o almirante Samuel Locklear, chefe do Comando do Pacífico dos EUA.
Panetta estava no início de uma visita de sete dias à região para
explicar a aliados e parceiros o significado prático da estratégia militar dos
EUA revelada em janeiro, que exige o rebalanceamento de forças americanas com
foco no Pacífico.
A visita de Panetta à Ásia acontece num momento de tensões renovadas
sobre reivindicações territoriais no Mar da China Meridional, com as Filipinas,
um importante aliado dos EUA, e a China disputando o Recife de Scarborough
próximo à costa filipina.
Fonte: Terra http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2012-06-02/eua-terao-mais-navios-de-guerra-na-asia-diz-panetta.html
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