FREDRIK DAHL E MARCUS
GEORGE - REUTERS
As negociações
deste mês entre o Irã e a comunidade internacional podem ter resultados
positivos se os "direitos nucleares" do país forem reconhecidos,
disse um assessor do líder supremo da República Islâmica em declaração
publicada nesta terça-feira.
Mas Washington
afirmou que o Irã antes de mais nada precisa tornar seu programa nuclear
compatível com o direito internacional e autorizar inspetores da ONU a visitar
uma instalação militar onde o Ocidente suspeita que houve pesquisas relacionadas
ao desenvolvimento de armas atômicas.
O Irã nega ter a
intenção de desenvolver armas atômicas e insiste que seu programa nuclear está
voltado exclusivamente para pesquisa e geração de eletricidade com fins civis.
O país há anos
sofre sanções da Organização das Nações Unidas por sua insistência em
enriquecer urânio, processo que, dependendo do grau de pureza obtido, pode
gerar material para alimentar reatores nucleares civis ou bombas atômicas.
Teerã alega que,
como membro do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), pode desenvolver todo
o ciclo do combustível nuclear, e que o sucesso das negociações depende do
reconhecimento disso.
Depois de
inconclusivas reuniões em maio em Bagdá, uma nova rodada de discussões foi
marcada para os dias 18 e 19 em Moscou, envolvendo o Irã e seis potências
mundiais (Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia e China, que são membros
permanentes do Conselho de Segurança da ONU, mais a Alemanha).
"Espero que
o P5+1 reconheça o direito nuclear inalienável do Irã dentro do marco do TNP, e
que evite se colocar à parte", disse Ali Akbar Velayati, assessor do
aiatolá Ali Khamenei, à agência de notícias Irna.
(Reportagem
adicional de Andrew Quinn, em Washington; e de Zahra Hosseinian)
FONTE: http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,ira-diz-crer-em-acordo-nuclear-se-direitos-forem-respeitados,882753,0.htm
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