Em caso de a China atacar as ilhas Senkaku, os EUA encararão esse passo
como uma ameaça à sua própria segurança, tal como está previsto no Tratado de
Cooperação Mútua e Garantias de Segurança entre os EUA e o Japão, assinado em
1960.
Esta posição conjunta (de que a situação em torno das ilhas é abrangida
pelo tratado) foi hoje tornada pública pelo ministro nipônico das Relações
Exteriores, Koichiro Gemba, após um encontro com o secretário da Defesa dos
EUA, Leon Panetta.
O ministro japonês sublinhou que o seu país e os EUA envidarão esforços
para normalizar as relações entre o Japão e a China, que se agravaram devido ao
litígio territorial em torno das referidas ilhas.[1]
China/Japão:
disputa territorial com consequências econômicas.
As autoridades chinesas apelaram aos organizadores e participantes das
manifestações anti-nipônicas para porem termo às desordens.
As ações de protesto prosseguem desde o dia 11 de setembro, após Tóquio
ter declarado a intenção de comprar as ilhas Diaoyu (Senkaku). Ao mesmo tempo,
Pequim não deixou de anunciar que a política do governo japonês terá efeitos
negativos no estado das relações econômicas bilaterais.
Na quarta-feira, porém, pela primeira vez nos últimos dias, não foram
registradas quaisquer ações de protesto em Pequim e outras cidade chinesas. O
governo da China exortou pôr fim à violência depois de um incidente ocorrido,
esta terça-feira, ao Embaixador dos EUA que, felizmente, se escapou ileso.
Enquanto isso, os peritos avisam que o agudizar do conflito entre Pequim
e Tóquio poderá provocar uma autêntica guerra comercial entre os dois países.
Essa perspectiva alude também o governo chinês. Alguma mídia da China lança
insistentes apelos no sentido de proibir as importações de artigos nipônicos.
Paralelamente, vão surgindo exigências de suspender as exportações chinesas de
metais de terrosos raros que são de enorme importância para a indústria
japonesa. Em todo o caso, uma confrontação econômica aberta afetará ambas as
partes conflitantes, considera o perito do Instituto do Médio Oriente, Yakov
Berger.
“Com efeito, a guerra comercial seria mais perigosa para o Japão que
depende da China em maior medida. Mas a China também sofrerá prejuízos. O
Japão, por sinal, tem investido muito na economia chinesa. Criou ali novos empregos.
No entanto, os operários chineses de baixa qualificação trabalham, sobretudo,
em cadeias de produção. Por isso, eventual encerramento de fábricas fará com
que eles voltem para os seus lares em zonas rurais onde não há trabalho.”
Na sequência das agitações que eclodiram na China foram fechadas, por um
período indeterminado, as filiais de várias companhias japonesas, inclusive da
Panasonic e Canon. Foi igualmente suspenso o funcionamento de numerosas
empresas daquele país. Todavia, uma guerra comercial de larga escala não se
configura num horizonte próximo, reputa o perito em questões do Oriente,
Alexander Salitski.
“No século XXI, tudo se resolve por companhias industriais e mercados. O
grande capital, naturalmente, fará parar qualquer ação que ultrapasse os
limites do razoável. Não se trata, pois, de uma confrontação séria, pois os
processos de produção estão interligados.”
A China possui experiência na regularização de disputas territoriais com
os Estados vizinhos, incluindo com a Rússia. Mas o caso com Tóquio incide sobre
um dos conflitos mais agudos, razão pela qual as partes conflitantes, na pior
das hipóteses, podem esquecer-se de motivos econômicos reais e de atitudes
sensatas. O governo da China guarda na memória a ocupação chinesa dos 30 e 40
do século passado. Os centros de educação e a comunicação social também têm
apelado para não esquecer esse período dramático e vergonhoso na historia do
país.
Enquanto peritos e analistas se envolvem em polêmicas, o investimento
estrangeiro na econômica chinesa tem vindo a diminuir. O Japão reduziu o volume
de alocações em mais de duas vezes, embora a queda geral se cifre em apenas
1,5%%, informa a agência Bloomberg. A principal causa disso reside na
desaceleração do ritmo do crescimento econômico chinês. Mas, de qualquer
maneira, uma escalada do conflito pode afetar os planos dos investidores. [2]
Revolta
contra o Japão alastra a outros países.
O litígio entre a China e o Japão sobre a posse das disputadas ilhas
Senkaku (Dyaoiuidao) está se alargando a outros países. Ações de protesto
contra o país do Sol Nascente já ocorreram nos EUA, na Itália e na ilha
Formosa.
Enquanto isto, a China está preparando um golpe preventivo na economia
japonesa. O diretor-adjunto de estudos políticos da Academia de Comércio
Internacional e Cooperação Econômica da China declarou que seu país deverá
aproveitar a instabilidade das obrigações japonesas como “o método mais
eficiente de sanções econômicas”. A China é a maior credora do Japão,
investindo cerca de $230 bilhões em suas obrigações. [3]
Fonte:
[1]
http://portuguese.ruvr.ru/2012_09_17/88471827/
[2]
http://portuguese.ruvr.ru/2012_09_19/88704409/
[3] http://portuguese.ruvr.ru/2012_09_20/revolta-contra-japao-ultrapassou-fronteira-china/
http://anonymouse.org/cgi-bin/anon-www.cgi/http://dinamicaglobal.wordpress.com/2012/09/21/crise-japao-china-os-eua-encararao-um-ataque-as-ilhas-senkaku-como-ameaca-a-sua-propria-seguranca/
iMAGEM http://www.estadao.com.br/fotos/CHINA-JAPAN_REUTERS_Stringer.jpg
http://anonymouse.org/cgi-bin/anon-www.cgi/http://dinamicaglobal.wordpress.com/2012/09/21/crise-japao-china-os-eua-encararao-um-ataque-as-ilhas-senkaku-como-ameaca-a-sua-propria-seguranca/
iMAGEM http://www.estadao.com.br/fotos/CHINA-JAPAN_REUTERS_Stringer.jpg
Nenhum comentário:
Postar um comentário