BOGOTÁ - O presidente da Colômbia, Juan
Manuel Santos, descartou na quinta-feira um cessar-fogo bilateral durante a
negociação de paz do governo com a guerrilha Farc, em outubro, na Noruega,
apesar de o grupo rebelde ter anunciado que este será um dos primeiros temas
que colocará na mesa de diálogo. "Vamos manter a pressão militar em todos
os rincões da pátria", disse o presidente em entrevista ao canal Caracol.
O governo de Santos e as Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia (Farc) buscam com a negociação colocar fim ao violento
conflito interno de quase cinco décadas, o mais longo do continente.
O líder das Farc Mauricio Jaramillo
afirmou na capital de Cuba que o cessar-fogo bilateral será um dos primeiros
temas que o grupo rebelde vai apresentar ao governo na mesa de negociação.
"Vamos propor um cessar-fogo imediatamente quando nos sentarmos à
mesa", disse Jaramillo numa entrevista coletiva em Havana. "Ou
melhor, vamos lutar por isso. Vamos discutir lá sobre a mesa, mas é um dos
primeiros pontos."
Há uma década, na última tentativa de
encerrar o conflito, os rebeldes usaram um cessar-fogo para fortalecer suas
operações militares e estabelecer uma lucrativa rede de tráfico de cocaína.
Os rebeldes disseram que o início do
diálogo está previsto para 8 de outubro, na Noruega. Em seguida, o processo
será transferido para Havana.
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