Especialistas russos acreditam que os
rumores sobre o fracasso do contrato para a compra de amas entre a Rússia e o
Iraque possam ser provocados pelos EUA. Na segunda-feira na mídia ocidental
apareceram publicações citando um representante do primeiro-ministro iraquiano,
Nuri al-Maliki. Teria dito que o Iraque havia decidido rescindir o acordo para
compra de armas da Rússia em valor de 4,2 bilhões de dólares, devido às
preocupações sobre a corrupção.
As informações foram desmentidas mais
tarde pelo ministro da Defesa iraquiano Saadoun al-Dulaimi.
O acordo acima mencionado foi atingido no
mês de outubro durante a visita de al-Maliki a Moscou. Por 4,2 bilhões de
dólares o Iraque pretendia comprar sistemas de defesa aérea Pantzir-1S,
helcópteros Mi-28N, caças MiG-29M/M2 veículos blindados.
De acordo com o jornal russo Kommersant,
não o Serviço Federal para a Cooperação Técnico-Militar, nem Rosoboronexport -
a empresa russa de exportação, que são os responsáveis para implementar o
acordo, receberam uma notificação de rescisão do contrato. Nenhuma informação
adequada foi recebida também através dos canais diplomáticos.
As fontes do governo russo dizem que possa
haver um terceiro envolvido no escândalo. "Os Estados Unidos tem feito os
esforços significativos para evitar que acordo fosse concluído, disse uma fonte
nos círculos do governo russo. "Eu não ficaria surpreso se eles tentassem
prevenir ou complicá-lo posteriormente. Os norte-americanos não para isso têm
permanecido tanto tempo no Iraque para cederem o mercado de armas à Rússia
", comentou de forma anónima outro especialista nos círculos militares e
diplomáticos.
"Está decorrendo uma luta entre
diferentes grupos políticos para executar ou não executar este contrato. A
liderança iraquiana está sendo fortemente pressionada por Washington, que não
está interessada em que o Iraque se torne um comprador de armas russas para uma
quantia tão gigantesca", disse o presidente do Conselho Público do
Ministério da Defesa da Rússia, Igor Korotchenko.
É verdade que Nouri Maliki, ordenou a
abertura de uma investigação ao acordo que tinha estabelecido com a Rússia para
a compra de armas e equipamento militar, mas se tratava de corrupção de
funcionários iraquianos e não russos. O ministro da Defesa iraquiano Sadun
al-Dulaimi assegurou que o contrato está em cumprimento, e chamou a situação de
um mal-entendido, que aconteceu porque informações sobre o contrato não foram
recebidas a tempo no Comité Anti-Corrupção do Iraque. Mas imprensa ocidental
transformou a informação a seu favor. Moscou por sua vez pretende exigir em
breve uma explicação oficial sobre o destino do contrato russo-iraquiano, pois,
a concretizar-se o negócio, a Rússia passaria a ocupar o segundo lugar na lista
dos principais fornecedores de armamento ao Iraque, depois dos Estados Unidos.
Lyuba Lulko
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