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domingo, 29 de setembro de 2013

Brasil cobra reforma do Conselho de Segurança da ONU



Brasília - A presidenta Dilma Rousseff cobrou nesta terça (24), durante seu discurso na abertura da 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas, a reforma do Conselho de Segurança da ONU, conforme pleiteado desde 2005 pelo ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. “É preocupante a limitada representação do Conselho de Segurança da ONU face os novos desafios do século XXI. Exemplo disso é a grande dificuldade de oferecer solução para o conflito sírio e a paralisia no tratamento da questão Israel – Palestina”, argumentou Dilma.

De acordo com a presidenta, a recorrente polarização entre os membros permanentes gera imobilismo perigoso. “Urge dotar o conselho de vozes ao mesmo tempo independentes e construtivas. Somente a ampliação do número de membros, permanentes e não permanentes, e a inclusão de países em desenvolvimento, em ambas as categorias, permitirá sanar o atual déficit de representatividade e legitimidade do conselho”, defendeu.

Para ela, as reformas devem ser implementadas até 2015, ano que marcará o 70º aniversário das Nações Unidas e o 10º aniversário da Cúpula Mundial de 2005.

Conflito sírio
Dilma apoiou o acordo firmado entre Estados Unidos e Rússia para a eliminação das armas químicas na Síria. Mas, ao contrário de Obama, fincou pé que a solução para o conflito deve ser pacífica. “É preciso impedir a morte de inocentes, crianças, mulheres e idosos. É preciso calar a voz das armas – convencionais ou químicas, do governo ou dos rebeldes. Não há saída militar. A única solução é a negociação, o diálogo, o entendimento”, defendeu.

Ela disse ainda que o governo brasileiro repudia intervenções sem autorização do Conselho de Segurança e que tais atitudes agravariam a instabilidade política da região e aumentariam o sofrimento humano. “A história do século XX mostra que o abandono do multilateralismo é o prelúdio de guerras, com seu rastro de miséria humana e devastação. Mostra também que a promoção do multilateralismo rende frutos nos planos ético, político e institucional”, disse.

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