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domingo, 15 de novembro de 2015

Polícia francesa diz que suspeito está foragido; o que se sabe sobre os autores dos ataques a Paris BBC Brasil

O belga Abdeslam Salah, de 26 anos, alugou um dos veículos usados no atentado mais mortal da noite, à casa de shows Bataclan. A polícia informou que ele é perigoso e pediu para que ninguém tente abordá-lo.
Uma ampla rede policial foi formada desde a Grécia até os populosos subúrbios parisienses para identificar os autores dos atentados. Na tarde deste domingo, as autoridades francesas chegaram a informar que o número de vítimas fatais teria aumentado, mas a informação foi posteriormente corrigida. O total de mortos após os ataques é de 129.
Segundo o Ministério Público francês, ao menos sete atiradores agiram em conjunto divididos em três grupos. A maioria deles morreu ao detonar explosivos que carregavam em coletes.
"Temos que descobrir de onde eles vieram e como foram financiados", disse o promotor François Molins.
O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve afirmou que aparentemente os ataques foram planejados fora da França, "por um grupo de indivíduos estabelecidos na Bélgica".
Segundo Cazeneuve, o grupo "teria se beneficiado de cúmplices na França".

Explosão no estádio

Três deles se explodiram do lado de fora do estádio Stade de France. Ao menos um deles tinha ingresso para a partida que ocorria entre Alemanha e França, onde estavam 80 mil espectadores.
Segundo o jornal The Wall Street Journal, seguranças do estádio encontraram os explosivos ao revistá-lo na entrada 15 minutos antes do início do jogo. Seu objetivo era detoná-los dentro da arena, onde estava o presidente francês François Hollande.
A detonação acabou ocorrendo quando policiais o retiravam do estádio. Não se sabe ao certo quantas pessoas morreram com esta explosão.
Outro atirador também se explodiu no restaurante Le Comptoir Voltaire, no boulevard Voltaire. Dos três homens envolvidos nos ataques à Bataclan, dois morreram ao detonar os explosivos de coletes que usavam. O terceiro foi morto pela polícia.

Histórico de crimes

Um dos atiradores foi oficialmente identificado como francês de origem argelina. Ismael Omar Mostefai, de 29 anos, era da cidade de Courcouronnes, ao sul de Paris. Os investigadores teriam usado suas impressões digitais para chegar a seu nome.
Ele tinha histórico de envolvimento com uma ala radical do Islã e era conhecido pelas forças de segurança do país, já tendo sido condenado por diversos crimes leves, mas nunca havia sido preso. Sete parentes de Mostefai foram detidos e estão sendo interrogados pela polícia.
Outro era um belga de 18 anos que que lutou na Síria, segundo uma autoridade do país. Promotores belgas dizem que outros dois também eram cidadãos da França e viviam em Bruxelas. Segundo a mídia francesa três dos atiradores eram irmãos, mas a polícia não confirmou esta informação.
A descoberta de um carro preto que teria sido usado como um veículo de fuga pode indicar que um ou mais atiradores escaparam com vida. O carro foi encontrado abandonado no subúrbio de Montreuil com várias armas automáticas em seu interior, além de pentes de munição vazios e cheios.
Por sua vez, a Alemanha investiga o possível envolvimento de um homem preso na Baviera há dez dias após ser flagrado com armas e explosivos em seu carro.

'Capital da abominação'

O grupo extremista autodenominado "Estado Islâmico" (EI) assumiu a autoria dos ataques por meio de um comunicado escrito em francês e árabe e também divulgado em uma versão em áudio. O anúncio aponta que os ataques foram uma resposta ao envolvimento da França em ataques aéreos contra militantes do EI na Síria e no Iraque.
"Irmãos usando coletes com explosivos e fuzis tinham como alvo lugares da capital francesa escolhidos com cuidado." O texto prossegue afirmando que Paris é a "capital da abominação e da perversão".
"Em um ataque facilitado por Alá, um grupo de fiéis e soldados do califado - que Alá lhe dê poder e vitória - tinham como alvo a capital da abominação e perversão, aquela que carrega a bandeira da cruz na Europa, Paris."
Fontes do governo britânico disseram à BBC que os atiradores fariam parte de uma célula independente do EI e que teriam viajado para a Síria.
A mídia francesa também reportou que um passaporte sírio pertencente a uma pessoa nascida em 1990 foi encontrado junto com o corpo de um dos autores do ataque ao Stade de France.
O governo grego informou que o detentor do passaporte sírio entrou na União Europeia pela ilha de Leros em 3 de outubro. No entanto, é importante lembrar que existe um amplo comércio ilegal de passaportes sírios em curso, e ainda não se sabe se o documento pertenceria de fato ao extremista.
Um passaporte egípcio também foi encontrado próximo de outro atirador no estádio. Mas, segundo o embaixador do país na França, ele pertencia as uma das pessoas que ficou ferida gravemente nos ataques, Waleed Abdel-Razzak.
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/11/151114_ataque_paris_atiradores_rb

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