14 de janeiro de 2016
Decisão se deve a crescentes
atividades da Otan perto das fronteiras russas. Plano Estratégico de
Defesa nacional considera potencial bélico do bloco ocidental como
‘ameaça direta à segurança do país’.
Novos tanques, helicópteros e
canhões darão reforço à resposta russa
Foto:Artiom Korotaiev/TASS
A decisão é, segundo observadores, consequência da implantação de equipamentos pesados de combate pela Otan nos territórios da Letônia, Lituânia e Estônia. Nos dois últimos anos, regiões mais próximas à Rússia receberam tanques, instalações de artilharia autopropulsada e blindados de transporte de pessoal.
“A aliança está aproximando suas unidades militares das fronteiras da Rússia e alocando blindados pesados na Lituânia e na Letônia. Os líderes da Polônia exigem até a implantação de tropas adicionais e bases militares da aliança para proteção contra uma suposta ameaça russa”, disse à Gazeta Russa o coronel reformado e observador militar da agência de notícias Tass, Viktor Litóvkin.
Além disso, a Romênia ganhou um complexo de defesa antimíssil norte-americano e as forças armadas do bloco ocidental vêm realizando regularmente treinamentos militares perto das fronteiras russas.
Durante os maiores exercícios já promovidos pela aliança, em junho de 2015, a Polônia e os Estados Bálticos receberam 11 mil integrantes das tropas da Otan, 40 aeronaves (incluindo bombardeiros B-52) e mais de 500 unidades de veículos militares, como tanques Leopard 2A5 e M1 Abrams.
Mudança de estratégia
O mais recente Plano Estratégico de Defesa da Rússia, que abrange o período de 2016 a 2020 e foi aprovado pelo presidente Vladímir Pútin em novembro passado, considera o crescimento do potencial bélico da Otan perto das fronteiras russas como uma ameaça direta à segurança do país.
“A Rússia precisa ampliar suas Forças Armadas. A opção mais simples é começar a expandir as brigadas transformando-as em divisões”, diz o vice-diretor do Instituto de Análise Política e Militar, Aleksandr Khramtchíkhin, acrescentando que a Otan continuará adotando os mesmos métodos dos dois últimos anos.
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“Além disso, as divisões de tanques ganharão os mais recentes veículos da classe T-72B3 e T-90, e a Infantaria Mecanizada contará com helicópteros, veículos blindados de transporte de tropas BMP-3 e BMP-4 e canhões autopropulsados do tipo Koalítsia”, prevê o especialista.
http://gazetarussa.com.br/politica/2016/01/14/otan_559279
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