Uma proposta encaminhada pelo governo equatoriano à Assembleia Nacional, onde se propõe a redução de benefícios salariais para oficiais da polícia e FA, motivou um princípio de rebelião contra o presidente Corrêa.
Mais cedo, quando os tumultos já se espalhavam pelo centro da capital, Quito, o próprio presidente tentou por intermédio de uma ação pessoal conter a agitação, e acabou atingido por gás lacrimogêneo e levado para um hospital. Ele havia ido a um quartel policial para expor sua posição, mas a reação dos policiais foi de crescente fúria, a ponto do presidente precisar ser resgatado e levado para o hospital da própria polícia. A seguir, policiais rebelados cercaram o prédio e pelas 11 horas seguintes fizeram o presidente refém.
Aquela altura o saldo já era de um morto e mais de 50 feridos.
Quando anoiteceu, duas unidades militares forçaram a passagem pela barreira de policiais e resgataram o presidente - ao custo de mais um morto, aparentemente um soldado do exército - que então se dirigiu para o palácio de governo, onde fez um inflamado discurso acusando o movimento de tentativa de golpe, e que não perdoará os amotinados.
Em reunião de emergência, a UNASUL e a OEA, se pronunciaram contra os eventos. A UNASUL, presidida pelo ex-presidente Kirchner da Argentina, manifestou-se fortemente contra a tentativa de golpe e ameaçõu fechar as fronteiras com o Equador. Hugo Chavez também atacou o movimento e acusou os EUA de estarem por trás da tentativa golpista.
Rafael Corrêa delegou às FA a responsabilidade pelo policiamento e pela defesa, interna e externa, do país por meio de um decreto de exceção com duração de uma semana.
Por enquanto a situação parece estar sob controle, mas demonstra o grau de descontentamento de alguns setores com a administração de Corrêa. Há um certo cheiro de anarquia nas casernas equatorianas.
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