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sexta-feira, 31 de julho de 2015

O Alinhamento Russo-Sino-Paquistanês e a Aliança Militar Euroasiática (OCX) - via Dinâmica Global

Resultado de imagem para Organização de Shangai

Da amizade Rússia-Paquistão pode surgir um Mega Bloco Militar de Potências Nucleares na Ásia.

Em julho de 1949, Liaquat Ali Khan como presidente do Paquistão enfrentou um imbróglio complexo. Índia e Paquistão estavam em seu início. Em um mundo composto por dois blocos políticos opostos, os dois países tiveram de escolher um dos lados rapidamente. Eles tinham a opção de aderir a América com sua suntuosa uma linha democrática de “uma galinha na panela e dois carros na garagem”, ou voltar para a URSS. O Presidente dos EUA, Harry S. Truman, desconfiado de um efeito dominó comunista subindo, fez uma abertura para Nehru da Índia em 1948 para visitar a América, o mundo dos sonhos. Este movimento estimulou a Rússia a enviar um convite contador para o Paquistão e seu premier Liaquat Ali Khan. Este convite, por sua vez, levou a um convite dos EUA para o primeiro-ministro paquistanês. Liaquat Ali Khan tinha algumas opções bastante flexíveis em sua mesa. Foi então que ele decidiu que seria a América que ele iria visitar, e seria América que iria ajudar o Paquistão fora das questões com as quais ele se deparou no seu início. Isso é algo que surpreendentemente nunca aconteceu.
Nesse ínterim, Paquistão e Rússia desfrutavam de uma relação às avessas. Por volta de 1960, Ayub Khan tinha percebido que foi a Rússia e não a América que tinha a intenção de servir como uma cura para todos os problemas do Paquistão. A confiança na ajuda da América tinha se deteriorado ainda mais em ambos as guerras de 1965 e 1971. A Índia tinha sido devidamente apoiada pela Rússia – tanto na guerra como nas mesas de negociação em Tashkent. Os EUA, no entanto, tinham mostrado ao Paquistão um ombro frio. Isso foi algo que irritou Ayub Khan e que o motivou a escrever seu livro “Amigos, não senhores.” O Fracasso Dhaka e a guerra de Bangladesh em 1971 tinham mostrado que a Rússia tinha sido de fato uma aliada da Índia. Os EUA foram também aliados, mas com muitas restrições.
O Paquistão tinha vindo a entender por inúmeras razões que a Rússia manteve a sua palavra. A construção com ajuda da Rússia do Pipri Steel Mill foi um exemplo instrutivo. Mas o interesse da Rússia no Paquistão sofreu um duro golpe quando o Paquistão desempenhou um papel fundamental em forçar a Rússia a partir do Afeganistão. O desastre afegão também desempenhou um papel importante na queda da União Soviética. A queda significou que a Rússia não estava em posição de contestar, mesmo que de longe, a vantagem que os EUA tinham ganhado na região.
O avanço rápido para 2015. Após quase 20 anos de progresso sob Vladimir Putin e Dmitry Medvedev, a Rússia está novamente na vanguarda das nações. Há mais de duas décadas, o Paquistão também se tornou uma nação com capacidade nuclear – uma conquista que já havia escapado dele. A Rússia também se tornou tão agressiva quanto sempre foi. Sob Putin, ela encontrou um messias que garantisse que a enorme nação não se desintegrasse como a União Soviética. Sendo assim, o Paquistão tem a certeza de que a Rússia é de fato uma força a contar.
Em termos bilaterais, a evolução em ambas as nações há mais de duas décadas atualmente sinaliza que a Rússia precisa do Paquistão e o Paquistão precisa da Rússia. Em sua busca para encontrar um messias nos Estados Unidos, o Paquistão teve o acaso de descobrir a Rússia. A Ásia no século 21 é muito diferente do que era no passado. As diferenças ideológicas e uma mudança no locus do poder deixou a região aberta à exploração e cansaço. A Ásia precisa desesperadamente de um bloco de superpotências que garantam que os seus assuntos corram sem problemas.
Este é o lugar onde a idéia de bloco geopolítico entre o Paquistão, a China e a Rússia ganha tração. Paquistão e Índia têm sido sempre arqui-inimigos. Os dois países consideram-se inimigos um do outro. É por isso que o Paquistão precisa da Rússia. O Paquistão, por causa de sua inimizade distinta e eterna com a Índia, não pode se dar ao luxo de ser parte de um bloco regional que tem a Índia sentada no topo da hierarquia.
O Paquistão, a partir deste ponto de vista, é melhor aderir a um bloco composto por China e Rússia – as nações que têm o poder para compensar a Índia. Se o Paquistão quer a voz para ser ouvido, se o Paquistão considera que pode ter um impacto sobre os eventos futuros na Ásia, em seguida, emendar os laços com a Rússia é talvez o melhor caminho a percorrer. Uma análise cuidadosa dos acontecimentos recentes leva à conclusão de que as velhas inimizades agitadas por Mao Zedong e Joseph Stalin uma geração atrás, todas têm desaparecido e que as trocas diplomáticas entre os dois países estão se compondo.
Esta situação criou um caminho sem obstáculos para o Paquistão, um caminho que pode levar a um bloco bem sucedido. Além do mais, somente a Ásia se orgulha de ter 5 países que são membros do clube nuclear: Rússia, China, Israel, Paquistão, Índia e Coréia do Norte, com o Irã aspirando a se juntar à lista. O Paquistão está em uma posição forte em um mundo onde os países são divididos naqueles que têm armas nucleares e os que não têm.
Israel é um aliado americano, daí a intervenção contra esse bloco de seu lado não estar prevista. Uma coalizão entre a China, Rússia e Paquistão ameaçam muito o seu papel e poder na Ásia. Com três dos poderes das armas nucleares em um bloco, seria impossível para Índia ou Israel uma postura de ameaça. Nesta situação complexa, a Índia tem desempenhado as suas cartas em uma forma reacionária também. O interesse da China em ganhos econômicos do porto de Gwadar do Paquistão deixou a Índia em estado de choque e desespero. Eles reagiram iniciando financiamento para desenvolver o porto de Chabahar no Irã, perto do porto de Gwadar. A Índia se sente tão ameaçada pelos laços China-Paquistão que constrói uma aliança com Israel e Irã. Para contrariar esta aliança, Paquistão e Rússia precisam reviver suas relações e virarem uma nova página da diplomacia, uma página que colocaria ambos em um caminho para a supremacia regional.
Além da supremacia regional, existem outros ganhos a serem feitos pelo Paquistão e Rússia. Uma recente visita à Rússia pelo Chefe de Pessoal do Exército do Paquistão, Raheel Shareef, sugere que ambos os países estão ansiosos para construir relações militares de cooperação onde ambos podem vir ao auxílio do outro. Há também especulações de que um acordo foi alcançado entre as duas nações sobre a troca e compra de armas de alta tecnologia da Rússia. Isso criaria uma oportunidade bem-vinda para o Paquistão, que tem sofrido com as escolhas de Washington de manter as armas americanas avançadas fora das mãos do Paquistão.
A decisão de Putin de não visitar o Paquistão durante a presidência de Zardari tinha mais a ver com a política externa duvidosa do Paquistão, no momento de intenções russas. A Rússia tinha buscado boas relações com o Paquistão. Mas a relutância de Zardari em apoiar fortemente a Rússia resultou no cancelamento da visita. As relações entre Paquistão e Rússia são um pasticho de tipos, uma viagem que tem todos os tipos de sabores. É uma relação que viu a inimizade e agora está experimentando amizade. A opinião popular no Paquistão agora favorece a perseguição desta emocionante amizade com a Rússia. Não há muita chance de falha como Henry Kissinger disse uma vez sugestivamente: “Nenhuma política externa – não importa o quão engenhosa – tem alguma chance de sucesso se nasce nas mentes de poucos e realizada nos corações de ninguém.”

Traduzido para publicação em dinamicaglobal.wordpress.com

Fonte: http://defence.pk/threads/pakistan-and-russia-—-a-comely-dalliance-opinion.382341/
e
http://atimes.com/2015/06/pakistan-and-russia-a-comely-dalliance-opinion/


https://dinamicaglobal.wordpress.com/2015/07/29/da-amizade-russia-paquistao-pode-surgir-um-mega-bloco-militar-de-potencias-nucleares-na-asia/ 
imagem:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZGUvu0sCEkA8AqS6OoVPivOfKDvmwqsTwuqBc2GM7QJAn8Ti6t4Alb4BPDMYtIz98WIXYQFmfO2-XYZeD8TVPWfyDhrcNTFCtbYkF9dS88NYim3HwLXZzicHnKao7tnnhO0mpe86jwpEx/s1600/mapa+OCX.jpg

sexta-feira, 11 de julho de 2014

BRICS condenarão sanções ocidentais contra a Rússia - Voz da Rússia

Russia, BRICS, sanções, Brasil 


De acordo com a publicação, o governo brasileiro vai assinar um documento oficial que deverá ser ratificado na terça-feira por todos os países integrantes do BRICS e que incluirá um item específico com uma condenação velada às sanções impostas pelas potências ocidentais contra Moscou.
Uma fonte do governo teria dito ao O Globo que o artigo em questão será dirigido aos Estados Unidos e à União Europeia, mas que "a redação do texto será cuidadosa para não ser vista como uma provocação por Washington e Bruxelas".
Em outras palavras, a mensagem explicitará a posição comum entre o Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul contra as políticas de sanções, mas também deixará claro que o grupo respeita as decisões da ONU. Ainda segundo a fonte do jornal brasileiro, “isolar um país como a Rússia não é bom para ninguém".
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_07_12/BRICS-condenarao-sancoes-ocidentais-contra-a-R-ssia-6634/

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Com desaceleração dos Brics, criador do termo agora aposta no 'Mint'

Atualizado em  6 de janeiro, 2014 - 15:26 (Brasília) 17:26 GMT
Loja da Ikea sendo construída na Indonésia
Primeira loja da Ikea na Indonésia mira o mercado de 28 milhões de moradores de Jacarta.
Em 2001, o mundo começou a falar dos Brics – Brasil, Rússia, Índia e China (posteriormente com a inclusão da África do Sul) – as potências emergentes na economia mundial. O termo foi cunhado pelo economista Jim O'Neill.
No texto abaixo, para a BBC, ele explica o novo grupo, que batizou de Mint ("menta" em inglês).
O que esses países Mint têm de tão especial? E por que só esses quatro países?
Um amigo que acompanha a trajetória dos Brics observou – com algum sarcasmo – que estes países são mais "frescos" do que os Brics. O que eles têm em comum, além de serem países com grandes populações, é que por pelo menos por 20 anos eles terão ótima demografia "interna" – em todos estes países haverá um aumento no número de pessoas capazes de trabalhar, em relação a aquelas que não trabalham.
Este é o desejo de muitos países desenvolvidos, e também de dois dos Brics: China e Rússia. Então, se México, Indonésia, Nigéria e Turquia conseguirem se organizar, alguns poderão atingir o padrão chinês de crescimento econômico de dois dígitos, registrado entre 2003 e 2008.
Tabela: Os países MINT
Outro fator em comum de três destes países, segundo me relatou o ministro mexicano das Relações Exteriores, José Antonio Meade Kuribreña, é a posição geográfica vantajosa em relação aos padrões do comércio mundial.
Por exemplo, o México fica ao lado dos Estados Unidos, mas também na América Latina. A Indonésia está no coração do Sudeste Asiático, mas também possui fortes relações com a China.
E como todos sabemos, a Turquia está no Ocidente e no Oriente. A Nigéria não segue este padrão por ora, em parte devido à falta de desenvolvimento na África, mas isso poderia mudar no futuro, se muitos países africanos pararem de brigar entre si e começarem a negociar comercialmente.
Isso pode ser a base para os países do Mint desenvolverem um clube econômico e político, assim como fizeram os Brics – uma das maiores surpresas no fenômeno dos Brics, para mim. Eu já consigo até sentir o "cheiro" de um clube dos Mints.
O que também percebi, ao falar com Meade Kuribreña, é que a criação da sigla Mint poderia pressionar para que a Nigéria seja incluída no G20 – como os demais países do grupo.
Esse é um assunto que a carismática ministra da Economia da Nigéria, Ngozi Okonjo-Iweala, gosta.
Jim O'Neill. Foto: BBC
Economista britânico Jim O'Neill visitou países 'Mint' para um programa de rádio especial da BBC
"Nós sabemos que nossa hora vai vir", diz ela. "Nós achamos que eles estão perdendo algo por não nos incluir."
Meade Kuribreña chega a dizer que, como um grupo de países, os Mints têm mais em comum do que os Brics. Eu já não tenho a mesma certeza, mas é uma ideia interessante.
Economicamente, três deles – México, Indonésia e Nigéria – são grandes produtores de commodities (apenas a Turquia não é). Isso contrasta com os Brics, onde o Brasil e a Rússia são produtores de commodities, mas China e Índia não.
Em termos de riqueza, México e Turquia estão no mesmo patamar, com renda per capita anual de US$ 10 mil. Isso é superior aos US$ 3,5 mil da Indonésia e US$ 1,5 mil da Nigéria – que está no mesmo nível da Índia.
Todos estão abaixo da Rússia (US$ 14 mil) e do Brasil (US$ 11,3 mil), mas ainda assim na frente da China (US$ 6 mil).

Expectativas e realidade

Uma grande questão que me intrigou ao visitar estes países em um especial para a BBC foi: como é o dia a dia real nestes países, comparado com as minhas expectativas e com a opinião consensual?
Quando as expectativas são baixas – como acontece geralmente com a Nigéria, por exemplo (apesar de a visão de investidores na África ser diferente) – é fácil ser surpreendido positivamente.
Mas o oposto também é verdade – e isso pode ser um problema no México, um país sobre o qual os investidores estão bastante animados.
Eu voltei de minhas viagens pensando que não será tão difícil para Nigéria e Turquia surpreender as pessoas positivamente, já que se coloca muita ênfase nos conhecidos pontos negativos – crime e corrupção na Nigéria e governo extremamente incisivo na Turquia.
Sobre a Indonésia, eu tenho menos certezas. Os desafios do país são grandes como eu imaginava, e eu não vi muitas coisas que me dessem a impressão "Uau!". O país precisa ter um sentido comercial além das commodities, e precisa melhorar a sua infra-estrutura.
Na Turquia, visitas a empresas como Beko (fabricante de eletrodomésticos) e Turkish Airlines, a companhia aérea que mais cresce no mundo, definitivamente me fizeram exclamar "Uau!". Na Nigéria, eu tive essa sensação o tempo todo.
A criatividade nigeriana é contagiante, pelo menos para mim, e eu voltei cheio de entusiasmo com diversos investimentos pessoais que pretendo seguir.
Plataformas de petróleo no México
Grande reforma no setor energético foi prioridade para governo mexicano
No México, eu estava preparado para me decepcionar, já que as expectativas são muito altas, mas o presidente jovem e seus colegas de gabinete também joviais estão cheios de determinação para mudar o país.
Se você acha que a ex-premiê britânica Margaret Thatcher simbolizava reformas profundas, estes caras fazem ela parecer um gatinho. Eles estão reformando tudo – de educação, energia e política fiscal à própria instituição do governo.
E os desafios que geralmente assustam as pessoas? A corrupção é um tópico comum nos quatro países, e eu tive diversas discussões interessantes em cada um dos lugares.
Na Nigéria, o diretor do Banco Central, Lamido Sanusi, argumentou que corrupção raramente evita o desenvolvimento econômico – e que o crescimento da economia, acompanhado de melhoras na educação, vai levar a melhor governança e mais transparência.
Estas ideias são importantes de serem ouvidas, como alternativa às formas geralmente simplistas que temos no Ocidente de encarar os fatos. Para muitas pessoas de credibilidade nos países Mint, a corrupção é consequência de um passado fraco, mas não a causa de um futuro fraco – e certamente não é o desafio número um.
Geradores de energia na Nigéria. Foto: AP
Geradores de energia têm alta procura por empresas na Nigéria
Ela está no fim de uma lista que inclui custos de energia, a disponibilidade de energia e, é claro, infra-estrutura.
Resolver a política energética era a maior prioridade no México e na Nigéria, e ambos os países lançaram grandes iniciativas que – se forem mesmo implementadas – vão acelerar os índices de crescimento de forma significativa.
Eis uma estatística impressionante. Cerca de 170 milhões de pessoas na Nigéria dividem a mesma quantidade de energia que é consumida por 1,5 milhão de pessoas na Grã-Bretanha. Quase todas as indústrias precisam gerar a própria energia. Os custos são enormes.
"Você consegue imaginar, ou consegue acreditar, que esse país está crescendo 7% sem energia? É uma piada", diz Akiko Dangote, o homem mais rico da África.
Ele tem razão. Eu imagino que a Nigéria poderia crescer de 10% a 12% se resolvesse só esse problema. Isso faria o tamanho da economia duplicar em seis ou sete anos.
Na Indonésia, o quarto maior país do mundo, eu diria que liderança e infra-estrutura são os maiores desafios, apesar de haver muitos outros. Mas desafios e oportunidades estão geralmente lado a lado.
Turkish Airlines. Foto: AFP
Turquia tem a companhia aérea que mais cresce no mundo
Em uma das favelas de Jacarta, a Pluit, a terra está afundando 20 centímetros por ano por causa do uso excessivo de água. Mas em outros cantos da cidade, o preço dos imóveis está disparando.
Eu falei com um homem que está contruindo a primeira loja de móveis Ikea do país, e ele acredita que um terço da população de 28 milhões da grande Jacarta (a terceira maior aglomeração urbana do mundo) teria renda para consumir na sua loja.
"Nós simplesmente temos certeza de que vai dar certo", diz ele.
Na Turquia, a combinação de política e fé muçulmana com algum desejo de fazer as coisas de forma mais ocidental é um desafio singular. Alguns podem argumentar que os mesmos desafios existem na Indonésia, mas eu voltei de lá pensando que não é o mesmo caso. Em Jacarta, a forma ocidental de fazer as coisas já parece ter sido assimilada – ao contrário da Turquia.
E então: os Mints podem se juntar às dez maiores economias do mundo, com Estados Unidos, China, resto dos Brics e talvez Japão? Eu acho que sim, apesar de que isso ainda pode levar 30 anos.
Espero poder voltar para cada um deles com mais frequência, agora que estou ajudando a colocá-los no mapa, assim como aconteceu com os Brics há 12 anos.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/01/140106_mint_oneill_dg.shtml

sábado, 12 de janeiro de 2013

Lançamento vertical do míssil BrahMos

BrahMos, lançamento vertical

Na manhã da quarta-feira (9), a partir de uma nave de combate da Marinha de Guerra da Índia que se encontrava no Golfo de Bengala, foi realizado com êxito lançamento do míssil de cruzeiro supersônico fabricado pela empresa conjunta russo-indiana BrahMos Aerospace. O míssil sobrevoou 290 quilômetros e, tendo efetuado “uma viragem dupla em S”, atingiu o navio alvo perfurando-o por completo a um metro de altura sobre a linha de água.

 Este foi o primeiro lançamento vertical do míssil BrahMos. O ministro da Defesa da Índia, Arackaparambil Kurien Antony, felicitou o capitão, a tripulação e a empresa produtora, exprimindo-lhes agradecimento “pela excelente demonstração do desempenho do míssil". A mídia indiana não indica o nome do navio que disparou o míssil. No entanto, vários analistas alegam que o teste do BrahMos poderia ser realizado a partir de um submarino ou uma plataforma submersa. Às provas similares programadas ainda para o fim do ano passado se referiu anteriormente o presidente da companhia russo-indiana, Sivathanu Pillai. “Se é assim na realidade, considera o diretor do Centro de análise de tecnologias e estratégias, Ruslan Pukhov, pode-se falar de enorme êxito da empresa conjunta do setor de armas defensivas”.

Continuando o tema de colaboração bilateral, o expert russo assinalou que a BrahMos Aerospace serve de modelo para outros projetos russo-indianos que se desenvolvem no âmbito de tecnologias de ponta. Os dois países passam, numa envergadura cada vez mais ampla, do intercâmbio comercial à cooperação no desenvolvimento e fabrico conjunto de armamentos. Segundo o mesmo conceito têm sido criadas empresas conjuntas que produzem a versão biplace do avião T-50 de quinta geração e ainda a fábrica de aviões de transporte médios.
O míssil BrahMos é uma arma temível. Pode ser lançado não só a partir de instalações terrestres, aviões e navios de superfície, mas também submarinos. Trata-se do míssil de cruzeiro mais rápido e mais manobrável do mundo, cuja velocidade excede em três vezes a do som. O voo se efetua a altitudes de 10 a 14 mil metros, sendo o sistema de mísseis BrahMos praticamente invisível para os meios de defesa antiaérea. Além disso, os preparativos para seu lançamento demoram apenas alguns minutos.
Segundo Sivathanu Pillai, o lançamento do míssil BrahMos desde submarino marca importante etapa no desenrolar do programa homônimo, porque após o referido teste a Marinha de Guerra da Índia poderia tomar decisão de equipar o promissor submarino convencional (ou seja, não nuclear) indiano com esses mísseis. Desenhistas e engenheiros russos estão prestes a oferecer à Índia o submarino do projeto Amur-1650. Na atualidade, o projeto russo prevê que o submarino seja dotado do sistema de mísseis Club, bem conhecido pela Marinha indiana. Neste sistema, os mísseis são lançados por meio de tubos de torpedo horizontais. Não obstante, se se levantar a questão de equipar o submarino com o sistema missilístico BrahMos de lançamento vertical, a parte russa sem demora alguma introduzirá modificações indispensáveis no projeto existente.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Os mísseis de baseamento ferroviário e o potencial nuclear russo

A mídia russa informou que o país está desenvolvendo um sistema de combate de mísseis ferroviários (SCMF) de nova geração. O protótipo desse sistema poderá ser produzido em 2020. Além da Rússia, também a Índia está desenvolvendo sistemas ferroviários.

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Os novos sistemas não terão nada em comum com os sistemas Molodets com mísseis RT-23 criados pela URSS; eles serão, provavelmente, muito mais leves que os mísseis RT-23. Se o programa for executado, a sua contribuição para o equilíbrio nuclear entre a Rússia e os EUA será potencialmente mais elevada que na altura da realização do programa Molodets. O sistema soviético, apesar do seu enorme poder de ataque, tinha uma série de defeitos insolúveis que limitavam a possibilidade da sua utilização. O fim do seu fabrico, a limitação dos seus percursos de patrulhamento e, por fim, o seu abate ao efetivo de acordo com os acordos START II em 2005 foram medidas que teriam de ser realizadas mesmo se não tivesse havido acordo com os norte-americanos.
O principal problema do sistema Molodets era a utilização do enorme míssil RT-23UTTKh com um peso de quase 105 toneladas. Isso resultou no aumento de peso da composição ferroviária utilizada para baseamento do sistema. Apesar de a composição poder se deslocar nas ferrovias de uso comum, ela danificava a via, o que mais tarde até provocou descarrilamentos de trens “civis” que aí circulavam. Isso levou à limitação dos trajetos de patrulhamento do sistema em tempo de paz.
Outro problema do sistema, depois do desmembramento da URSS, era a montagem dos mísseis RT-23UTTKh e o fabrico dos seus dois primeiros estádios na Ucrânia. Assim, depois do fim da URSS, os sistemas só podiam ser utilizados até esgotar o tempo de serviço dos motores a combustível sólido dos mísseis. Os prazos de garantia de armazenagem desses mísseis, e que era de 15 anos, terminaram em 2005.
Com todos os seus defeitos, os sistemas ferroviários soviéticos eram objeto de especial preocupação dos EUA. Quando comparado com um míssil intercontinental móvel transportado sobre rodas, o sistema ferroviário tem uma autonomia muito superior. Um sistema com lançador sobre rodas tem zonas especialmente preparadas de patrulhamento operacional situadas perto da sua base, enquanto um SCMF pode se deslocar por todo o sistema ferroviário do país e efetuar lançamentos de mísseis a partir de qualquer ponto da ferrovia. A detecção do SCMF é extremamente difícil porque ele é camuflado como vagões e locomotivas de um trem de mercadorias normal. Resolvendo o problema do excesso de peso e a utilização de um míssil mais compacto aumentará adicionalmente a dificuldade de detecção do sistema.
Além da Rússia, também a Índia está desenvolvendo seus sistemas ferroviários. Nomeadamente, foram projetados lançadores ferroviários para os mísseis Agni I, Agni II, assim como para o recente Agni V. A China não está desenvolvendo esse tipo de sistemas tendo apostado nos sistemas móveis sobre rodas. Mas se sabe que a China está desenvolvendo um novo míssil intercontinental a combustível sólido, que será mais pesado que os existentes DF-31 e DF-31A, e que poderá transportar ogivas múltiplas. Um míssil desses poderia equipar um sistema ferroviário para aumentar as suas possibilidades de sobreviver a um primeiro ataque inimigo. A China possui uma rede de estradas de ferro enorme e em constante modernização, o que permite garantir a ocultação dos deslocamentos de um sistema desse tipo.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Índia Testa Vetor Para Sistema Antimísseis

A Índia acaba de efetuar um teste do míssil interceptador AAD do fabrico próprio que atingiu um alvo à altura de 15 km sobre o Golfo de Bengala.
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Cumpre notar que a Índia se empenha, há mais de um ano, na criação do sistema de defesa antimísseis. O lançamento mais recente, efetuado do polígono situado na ilha de Wheeler, é mais uma prova disso. Na qualidade de alvo atuou um míssil de classe terra-terra Prithvi lançado, por seu turno, do polígono do estado indiano de Orissa. No decurso dos testes, os especialistas da Organização de Pesquisas e Projetos Militares (DRDO, sigla inglesa) submeteram à primeira prova o trajeto do voo do míssil-interceptor.
Além disso, os peritos indianos testaram as potencialidades do míssil interceptador por meio do simulador eletrônico especial em que foi modelado o voo do míssil, lançado à distância de 1500 km e aniquilado à altura de 120 km.
Daí a pergunta, poderá a Índia criar e desdobrar o seu sistema DAM até 2015? Caro que se trata de uma meta difícil de alcançar, considera o perito do Centro Carnegie em Moscou, Petr Topitchkanov.
“Tal tentativa irá exigir tamanhos investimentos. Entretanto, a Índia não possui radares modernos, nem dispõe de sistemas de notificação sobre eventuais ataques a partir do espaço cósmico. Atualmente, estão em órbita circunterrestre dois satélites indianos, um dos quais é militar. Estes meios serão insuficientes para detectar o lançamento de um míssil, para não falar de vários mísseis que podem ser lançados contra instalações em seu território. Seria realmente eficiente o sistema de proteção contra os mísseis paquistaneses? É precisamente esta questão que não deixa de preocupar a Índia. Convém dizer que o tempo de voo do míssil até o alvo se estima em minutos.”
As dificuldades existentes nessa área são tomadas em conta pelos EUA que propõem à Índia os serviços do seu “escudo nuclear”, prontificando-se a prestar a assistência na criação da DAM indiana. Todavia, a Índia se mantém reticente aos esforços de estabelecer e estreitar tal colaboração, procurando recorrer às suas forças próprias. Nova Deli não quer estar vinculada aos planos geopolíticos norte-americanos na região asiática. Uma das tarefas perseguidas pelos EUA é conter o avanço da China. Por isso, a cooperação da Índia com os EUA poderia abalar uma confiança frágil existente entre Nova Deli e Pequim. Claro que a Índia gostaria de evitar tal cenário desfavorável.
autor: Gueorgui Vanetsov
Fonte: http://portuguese.ruvr.ru/2012_11_28/india-quer-propria-defesa-antimisseis
via Dinãmica Global  http://anonymouse.org/cgi-bin/anon-www.cgi/http://dinamicaglobal.wordpress.com/2012/12/01/india-tenta-criar-propria-defesa-antimisseis/
Imagem: http://portuguese.ruvr.ru/2012_11_23/india-teste-missil-interceptor/

sábado, 8 de dezembro de 2012

Ministério da Defesa indiano autoriza compra de submarinos

 
A Índia está se preparando para mais uma grande compra de armamentos. Dez meses após selecionar a Dassault Aviation francesa para negociar um contrato de 18 bilhões de dólares, visando aparelhar sua Força Aérea com caças Rafale, agora o país deve investir cerca de 10 bilhões para aprimorar a capacidade de combate submarino para fazer frente à China, que tem mais de 50 submarinos convencionais em sua frota, ainda que dois terços desse contingente sejam obsoletos.
A atual frota indiana é modesta – 10 submarinos classe Kilo russos, quatro HDWs alemães e um submarino nuclear Akula-2 em regime de concessão com a Rússia por um bilhão de dólares.
O comandante da Marinha indiana, almirante D.K. Joshi afirma que o conselho do Ministério da Defesa responsável pela aquisição de equipamentos já autrizou a compra de seis submarinos dentro de um projeto denominado P-75I. Outras seis embarcações da classe Scorpene estão sendo construídas no estaleiro Mazagon Dock Ltd. com tecnologia da DCNS francesa em um contrato no valor de 4.3 bilhões de dólares para o projeto P-75.
O almirante Joshi diz ainda que os novos submarinos – maiores que o Scorpene – serão equipados com sistema de propulsão independente de ar (AIP), e o ministro da defesa indiano, AK Antony, declarou ao parlamento na última terça que as máquinas terão capacidade para lançar mísseis contra alvos em terra.
Com a autorização da compra, espera-se que as construtoras DCNS da França, HDW da Alemanha, Rosoboronexport da Rússia e Navantia da Espanha disputem a encomenda da nova linha de submarinos para a Índia.
Dois dos navios desse novo programa devem ser construídos em instalações estrangeiras, e os restantes em território indiano. O chefe de operações da DCNS, Bernard Planchais, declarou ao Hindustan Times: “não sabemos ainda o que a Marinha indiana deseja, mas atenderemos aos requisitos da Força no que se refere à plataforma básica do Scorpene”.
FONTE: Hindustan Times via Militaryphotos.net (Tradução e edição do Poder Naval a partir de original em inglês)
http://www.naval.com.br/blog/2012/12/07/ministerio-da-defesa-indiano-autoriza-compra-de-submarinos/#axzz2EUXgTbE1

sábado, 24 de novembro de 2012

Construtores navais russos dão nova vida a fragata indiana

Tarkash, marinha de guerra, India, Trikand
A Teg, a primeira fragata porta-mísseis construída na Rússia e entregue à Índia na primavera deste ano, já se encontra a cumprir missões da marinha indiana. Há um mês, ela realizou com sucesso, junto à costa de Goa, testes dos mísseis de cruzeiro supersónicos BrahMos. Na segunda fragata, a Tarkash, o pavilhão indiano foi içado no dia 9 de novembro. Também já foi entregue à marinha de guerra da Índia e irá prestar serviço a partir da base naval de Mumbai. A terceira, Trikand, está neste momento a efetuar experiências de cais.
Todos os marinheiros sabem que o lugar mais importante de qualquer navio é a cozinha. A primeira coisa que se fez na Trikand, que agora se encontra nos picadeiros da doca dos estaleiros Yantar, foi a cerimônia da adoração, a puja. Os marinheiros indianos, tal como os russos, não admitem mulheres a bordo dos seus navios. No entanto, segundo a tradição indiana a puja é realizada pelas mulheres. Assim, se teve de convidar a bordo de um navio de guerra uma das funcionárias dos estaleiros Yantar.
O fogo, que circulou pelos espaços da cozinha, e o incenso não são apenas a cerimônia da purificação dos espíritos malígnos. São também uma etapa importante na criação do navio. Tanto os construtores navais como os marinheiros acreditam piamente que é a partir da benção da cozinha que começa a verdadeira vida do navio.
Depois da realização da cerimônia, todos foram convidados a disfrutar das iguarías tradicionais indianas Mithai, preparadas pela esposa de um dos marinheiros indianos. No dia do início das provas de mar da fragata Trikand, os cozinheiros prometeram mimar os convidados com outras especialidades culinárias. Falta esperar muito pouco tempo, a entrega da Trikand à marinha de guerra da Índia está planejada para o próximo ano.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Сontrole de tecnologia de mísseis na Ásia deixa de fazer sentido

fragata tarkash



     Os estaleiros Yantar, localizados no distrito de Kaliningrado, entregaram à marinha indiana mais uma fragata porta-mísseis do projeto 11356, a Tarkash.
     Se trata da segunda de uma série de três fragatas encomendadas pela Índia em 2010. Até então, no início dos anos 2000, a Índia tinha recebido três navios desse tipo construídos em São Petersburgo. A grande diferença dos três navios construídos em Kaliningrado é o seu equipamento com mísseis de cruzeiro supersônicos pesados BrahMos. Esses pequenos navios estarão armados de mísseis com um alcance até 300 quilômetros, capazes de transpôr a DAA dos navios grandes. A fragata Teg, entregue pelos estaleiros Yantar à marinha indiana, já realizou com êxito exercícios de lançamento de mísseis BrahMos no mar.
     A China começou igualmente a instalar mísseis de cruzeiro pesados nos seus navios de superfície. Mas os chineses usam para isso navios de maior porte como os contratorpedeiros do projeto 052D em construção. Já antes, durante o ano de 2012, a Coreia do Sul tinha confirmado que estava a trabalhar na criação de mísseis de cruzeiro de médio alcance. Ainda antes dela, Taiwan obteve mísseis desses concebidos com base nos Xiong Feng antinavio. Os taiwaneses vêm os seus mísseis como um meio estratégico de contenção em caso de conflito militar com a parte continental. Se supõe que em caso extremo eles poderão efetuar ataques sérios a alvos no continente como, por exemplo, Xangai.
     Há que salientar que os mísseis de cruzeiro como o russo-indiano BrahMos ou o YJ-62 chinês, além das versões antinavio com um alcance relativamente pequeno, podem também ter versões para ataque a alvos terrestres fixos. Contudo, visto que a Rússia está limitada pelas condições impostas pelo Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis e o BrahMos é fabricado por uma empresa mista russo-indiana, o seu alcance está limitado aos 300 km. Este míssil, no entanto, tem outras vantagens. Neste momento, ele é considerado o mais rápido do mundo dos mísseis de cruzeiro fabricados em série. Para aumentar o seu raio de ação, os indianos terão de fazer modificações de forma independente. Isso é inevitável apesar de requerer tempo. Além disso, a Índia está a trabalhar no seu míssil subsônico de médio alcance Nirbhay. A China não está limitada à partida a essas limitações. Os novos navios de combate de superfície chineses poderão usar mísseis de cruzeiro com um alcance superior a 2.000 quilômetros.
      Praticamente todas as grandes potências econômicas da região tentam obter um arsenal de mísseis de cruzeiro de médio alcance de baseamento terrestre, naval e aéreo. A existência desses arsenais será um fator importante nas relações estratégicas entre elas. Simultaneamente, isso irá obrigar a investir mais nos sistemas de defesa contra os mísseis de cruzeiro: nos sistemas de mísseis antiaéreos de médio e curto alcance, assim como na aviação de caça moderna.
     Desta forma, o regime de controle da tecnologia de mísseis na Ásia vai perdendo gradualmente todo o sentido. Pelo menos no que respeita aos mísseis de cruzeiro com que podem ser equipados navios tão pequenos como fragatas ou corvetas.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

‘Liaoning’ vs ‘Vikramaditya’





As últimas semanas têm sido particularmente ricas em notícias sobre dois navios da mesma classe e origem. Da China vieram notícias da introdução em serviço da Marinha do Exército de Libertação Popular do novo navio-aeródromo ‘Liaoning’. E do Mar de Barents apareceram relatos sobre problemas durante testes do porta-aviões indiano ‘Vikramaditya’. Ambos foram desenvolvidos na União Soviética e em certa medida estão relacionados. No entanto, seu destino acabou sendo desigual.

Liaoning – o único navio capaz de transportar aviões em operação na Marinha do Exército de Libertação Popular, por enquanto é um porta-aviões apenas de nome. O caça de Marinha para ele ainda está sendo testado. Na época, Pequim pediu à Rússia para vender alguns Su-33. Mas Moscou recusou, argumentando que tal número de máquinas não podem ser usadas para fins militares, mas só para copiá-las. Um pouco mais tarde, foi relatado que a Ucrânia vendeu à China um dos protótipos do Su-33 – o avião T-10K. Em 2010, a China anunciou o fim dos trabalhos de desenvolvimento de seu próprio caça naval Shenyang J-15. A China observou especialmente que não é uma cópia do avião russo, mas um desenvolvimento do caça Shenyang J-11. No entanto, o J-11, na verdade, é uma cópia do soviético Su-27.
 
Para quê a China precisa de um navio-aeródromo sem aviões? A razão pode ser a competição entre os países líderes da região asiática. Afinal, em simultâneo com a reconstrução do Liaoning (ex-Varyag) na usina russa de Sevmash estava decorrendo a reconstrução de um navio da mesma classe para a Marinha da Índia – o cruzador porta-aviões Admiral Gorshkov, que recebeu o nome de Vikramaditya. Sobre as características particulares do projeto fala o diretor do Centro para a análise do comércio mundial de armas, Igor Korotchenko:

“As exigências do lado indiano são muito avançadas, no extremo das possibilidades da tecnologia moderna. Isso inclui o projeto de modernização do antigo navio portador de aviões soviético Admiral Gorshkov e sua transformação no Vikramaditya. Os trabalhos foram muito extensos, volumosos. Foi pela primeira vez que o nosso complexo técnico-militar teve que realizar um projeto tecnológico tão complexo. Basta dizer que do navio antigo restou apenas o casco. Tudo o resto foi desenvolvido praticamente a partir do zero. Na verdade, construímos um navio absolutamente novo.”
A situação com o navio indiano é muito mais fácil do que com o chinês. Porque aviões e helicópteros navais para ele já existem e são produzidos em série. Mas este caso também teve os seus problemas. Ensaios de mar revelaram falhas no compartimento do motor: em três das oito caldeiras foi constatado o colapso de 5-10% do isolador de calor feito de tijolo. Por isso, a potência total dos motores do navio foi reduzida para 50% da máxima. Nesse regime de operação de suas caldeiras o Vikramaditya não só continuou navegando, mas foi capaz de acelerar até 22 nós – a velocidade em que aviões são permitidos a decolar e pousar. O porta-aviões deverá passar reparos adicionais, o que adiará a transferência do navio à Marinha indiana. Mas já no próximo ano o Vikramaditya vai se tornar o navio almirante da Marinha da Índia. Além disso, ao contrário do porta-aviões chinês, ele será um navio de combate completo com um grupo aeronaval a bordo.
 
Além dos dois novos navios-aeródromos, a China e a Índia estão planejando construir outros navios desta classe. No estaleiro da cidade indiana de Cochin, segundo um projeto conjunto russo indiano, está sendo construído o porta-aviões Vikrant. A China também planeja construir dois porta-aviões não nucleares até 2020, e em seguida iniciar a construção de navios nucleares.
 * Grifo meu.
O surgimento na região asiática de logo dois grandes navios de guerra indica uma mudança nas doutrinas marítimas dos maiores estados da Ásia.

FONTE: Voz da Rússia
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