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quinta-feira, 9 de junho de 2011

O Custo da Pirataria Somali


Grandes navios de cargo custam US$ 50 mil por dia para operar. A tripulação costuma ser pequena, raramente mais de 30 tripulantes, devido a automatização. O seguro extra contra a pirataria chega a algums milhares de dólares por dia. As chances de ser atacado é de 1 a 2% ao passarem na costa da Somália. Navios rápidos costumam gastar mais navegando a alta velocidade, aumentando custos em cerca de 1-2%, sendo mais difíceis de sequestrar. A maioria dos alvos são os mais lentos. Os gastos em manter patrulhas no Golfo do Aden chega a US$ 300 milhões por ano.
Nos três primeiros meses do ano os piratas da Somália atacaram 97 navios e capturaram 15. No mesmo período do ano passado foram 35 ataques. No ano passado foram pagos US$ 200 milhões de dólares em resgate para os piratas. A maior parte vai para os líderes, chefes locais e negociadores. Um simples pirata chega a ganhar US$ 150 mil o que é cerca de 10 vezes o que ganharia em toda sua vida.
Nos últimos três anos os piratas começaram a avançar mar a dentro chegando nas ilhas Sheicheles. Os piratas da Somália estão operando bem mais distantes da costa, até a mais de 2 mil quilômetros, com os navios que trafegam no local tendo que pagar seguros mais caros. O custo chegou a US$ 3 bilhões por ano e pode dobrar se a atividade pirata aumentar. Países vizinhos ou que tem grandes frotas, como a China, estão tentando realizar “soluções históricas” (atacar e destruir ou ocupar as cidades piratas usadas como bases). O resto do mundo não pretende seguir este caminho. Mesmo sem ter como ancorar os navios poderão sequestrar os tripulantes e se esconder bem longe da costa. Tropas estrangeiras não têm um histórico de sucesso operando dentro da Somália.
A Índia confrontou os líderes piratas e não teve sucesso. Param de prender os piraras atacando navios e apenas são desarmados e soltos. Se o navio pirata não está em condições de navegar são levados de volta para a costa. É o mesmo método usado pelos Europeus.
A Índia mudou sua conduta após o dia 15 de abril quando os piratas liberaram um navio tanque sequestrado, após o resgate ter sido pago, mas não soltaram os sete indianos e 15 tripulantes presos até que 120 piratas presos na Índia sejam soltos. Existem mais 53 indianos presos na Somália. Os navios indianos costumam atirar com mais frequencia em navios piratas ao invés de prendê-los para evitar problemas legais
Fonte:  Poder Naval

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