Pode ser uma série de misseis Jericó, gigantes de
15,5 metros e 30 toneladas, com ogivas de ataque de até 1.300 quilos de
explosivos de alta capacidade de destruição. Ou, é mais provável, as bombas
GBU-28 de 2 toneladas, despejadas por uma força combinada de ataque, formada
por caças F-15I Ra’am, o Trovão, e F-16I Sufa, a Tempestade, as
versões israelenses de dois poderosos jatos americanos de combate, o Strike
Eagle e o Fighting Falcon.
O primeiro fogo de um ataque de Israel contra o Irã
será pelo ar, e terá de ser necessariamente devastador para dificultar a
reação, tão inevitável quanto a investida preventiva que especialistas dão como
certa há 12 anos. É difícil.
Vai exigir certos recursos que os esquadrões da
aviação frontal israelense ainda estão desenvolvendo ou aprendendo a usar.
“Esse gênero de operação implicará intensas negociações diplomáticas para obtenção das autorizações dos voos no espaço aéreo de países como Arábia Saudita, Jordânia, Kuwait e Iraque”, pondera analista John Miller, do Foreing Political Center (FPC), de Washington.
“Esse gênero de operação implicará intensas negociações diplomáticas para obtenção das autorizações dos voos no espaço aéreo de países como Arábia Saudita, Jordânia, Kuwait e Iraque”, pondera analista John Miller, do Foreing Political Center (FPC), de Washington.
O plano de ataque só será eficiente se adotar o
estilo americano de bombardeio maciço em ondas contínuas. Isso depende
diretamente de oferecer reabastecimento no ar. É um ponto sensível. A frota
israelense de aviões é pequena, composta por sete aviões, quatro dos quais
jatos quadrimotores.
De acordo com um cenário do FPC, a principal
dificuldade a ser superada pela aviação de Israel é a distância até os alvos
principais – Natanz, Bushehr, Isfahan e Qom, onde foram construídas, em alguns
casos, dentro de imensos complexos subterrâneos, as principais instalações do
programa nuclear iraniano. Um reator, uma fábrica de gás de urânio, e os centros
estratégicos da pesquisa que agências de inteligência ocidentais consideram
dedicadas à missão de produzir, em segredo, armas atômicas e toda uma família
de foguetes lançadores.
A contar das bases da força aérea, são 1.800
quilômetros e, a partir da linha de fronteira leste, cerca 1.500 km.
Para chegar até os três objetivos com ao menos 15 ou 20 minutos de autonomia, fornecedores como Lockheed-Martin, Boeing Defense e Raytheon, dos Estados Unidos, criaram, junto com técnicos israelenses, arranjos especiais para os supersônicos F-15 e F-16. Projetaram ainda a configuração de penetração da bomba inteligente GBU-28.
Para chegar até os três objetivos com ao menos 15 ou 20 minutos de autonomia, fornecedores como Lockheed-Martin, Boeing Defense e Raytheon, dos Estados Unidos, criaram, junto com técnicos israelenses, arranjos especiais para os supersônicos F-15 e F-16. Projetaram ainda a configuração de penetração da bomba inteligente GBU-28.
Boa parte da eletrônica de bordo das aeronaves, que
ganharam a letra I, de Israel, na identificação, foi projetada por
especialistas locais – o novo computador central, por exemplo, da mesma forma
que o sistema destinado a permitir que o piloto direcione e dispare armas,
empregando só o conjunto ótico do capacete.
O F-15I pode cobrir 2 mil quilômetros sem tanques
extras. Já o F-16I precisou receber reservatórios de desenho especial. A
velocidade máxima do Ra’am bate no limite de 2,600 km/hora. Leva 10,4
toneladas de carga externas de combate. É um jato de grande porte, mede pouco
menos de 20 metros de comprimento, C0m 15,2 metros o Sufa é menor, fica
na faixa de 1,4 a 1.7 mil km/hora e de 7,7 mil quilos sob as asas. Ambos são
dotados de canhões de 20 milímetros.
A força Israel estaria em condições de lançar de 75
a 100 aeronaves. Cada uma delas estaria armada com seis mísseis e bombas de
precisão, do grupo GBU-28, com poder de penetração de seis metros em blindagem
de concreto, e de 30 metros em terreno despreparado. A guiagem é feita por um
laser, que indica a direção do alvo virtualmente sem erro. Há modelos mais
leves no arsenal.
Reação pesada.
A resistência do Irã está baseada em sua força de
mísseis. A indústria de Defesa do regime de Teerã produz tipos de médio
alcance, na faixa superior a 2 mil quilômetros, com ogivas de 500 kg a 750 kg.
Existem nove diferentes configurações. Os mísseis
Shahab-2 e 3 podem chegar a qualquer ponto, em Israel e em todo o Oriente
Médio. Mais que isso, o complexo de defesa aérea emprega sistemas russos
avançados, preparados para identificar, simultaneamente, dezenas de intrusos,
priorizando o disparo de interceptação pelo grau de ameaça.
O regime dos aiatolás é abastecido por 125 polos
industriais militares. Mísseis leves, ar-ar, antitanque e terra-ar, além de
armamento de porte pessoal, munição, kits de comunicações e processamento de
dados táticos são fabricados nos núcleos, com tecnologia própria ou comprada na
Coreia do Norte e no Paquistão.
Quando houve o golpe de 1979 o soberano deposto,
Mohamed Reza Pahlevi, havia recebido dos Estados Unidos 80 moderníssimos supersônicos
F-14 Tomcat. Sob embargo, a aviação iraniana ficou sem receber peças e
componentes – no ano 2000, segundo o Instituto de Estudos Estratégicos de
Londres, 49 caças estavam em condições de uso, embora de forma precária. Com
apoio de técnicos estrangeiros “simpatizantes do regime fundamentalista”,
conforme análise do Instituto, de 2007, a frota remanescente foi revitalizada.
A aviação iraniana estaria apta a mobilizar atualmente entre 100 e 15o
aeronaves – além dos Tomcat, o inventário inclui times de MiG-29, Mirage F-1,
F-5I, F-4 Phantom, e Chengdu F-7, chineses. FONTE: http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,israel-prepara-arsenal-para-enfrentar-ira,872221,0.htm?reload=y
Fonte imagem http://2.bp.blogspot.com/_jQSMCeL58aM/TDokURil4cI/AAAAAAAANXw/v21hVgijc_A/s1600/jerico.JPG
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