No início
de setembro, serão realizados exercícios táticos Cazar-2012 no Mar
Cáspio. O Turcomenistão está organizando pela primeira vez manobras de
suas forças navais. Elas devem demonstrar a capacidade defensiva da
Marinha do país.
Contra que
inimigo a Marinha turcomena pretende proteger as suas fronteiras
marítimas? Se um país tem fronteiras e águas territoriais, ele tem a
obrigação de protegê-las contra caçadores ilegais e terroristas,
sublinha o perito militar Viktor Baranets:
“As ações
do Turcomenistão com vista a fortalecer a sua Marinha testemunham que
ele procura garantir sua soberania nacional e proteger fiavelmente suas
terras e águas.”
Como se
sabe, o estatuto legal do Mar Cáspio está resolvido. Para os cinco
países do Cáspio, esta questão é uma das mais difíceis. Eles tentaram
várias vezes sentar-se à mesa das negociações. Mas a posição especial de
alguns países, em particular do Irã e do Azerbaijão, anula todos esses
esforços. E quando não há acordo, então aparece a tentação de lucrar com
os recursos do subsolo mais do que se pode, enfatiza Viktor Baranets:
“Outros
países, incluindo os EUA e estados da OTAN, já estão mostrando interesse
no Mar Cáspio. Provavelmente, a OTAN vai tentar jogar a carta azeri,
reforçar a sua frota naval, bem como a do Turcomenistão. Os americanos
já ofereceram à marinha do Turcomenistão um barco de patrulha.”
Neste
contexto, surge uma pergunta razoável: será que os cinco países do Mar
Cáspio devem agir solidariamente quando se trata de outros países
tentarem reforçar a sua presença, incluindo a militar, no mar? É claro
que os países devem defender seus interesses econômicos e militares de
uma maneira civilizada, enfatiza Viktor Baranets:
“Esta é a
lógica óbvia da questão. Mas o fato é que esta consolidação está sendo
impedida por um sexto poder, a OTAN e os EUA. A América está tentando
encorajar o Azerbaijão, fornecendo-lhe armas. Ao mesmo tempo, o
Turcomenistão também está recebendo alguns navios norte-americanos.
Temos assim este conjunto de países em torno do Irã, o qual, como se
sabe, tem um sério conflito com os EUA. Assim, reforçando as marinhas
desses países, os Estados Unidos estão jogando o seu jogo global.”
Os peritos
notam que, nos cálculos globais dos EUA e da OTAN, o Cáspio está
começando a desempenhar um papel cada vez mais estratégico. Sabe-se que
aqui há uma concentração enorme de reservas de hidrocarbonetos,
comparável com as do Oriente Médio.
Fonte: http://portuguese.ruvr.ru/2012_09_03/87044388/
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