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quinta-feira, 10 de junho de 2010

Sobre as Sanções (2)

A poucos dias a Rússia resolveu "rever" as conclusões da investigação internacional sobre o afundamento da corveta sul-coreana, e que foi atribuído a um torpedo lançado pelos norte-coreanos.
A mesma questão interessa à China.
Com a nuclearizada Coreia do Norte têm-se enormes cautelas e chineses e russos, alinhados com os Estados Unidos, poderiam estar trocando o apoio às sanções iranianas por uma forma de acomodação na crise coreana.
Os demais membros do Conselho de Segurança - permanentes ou não - estão sim sujeitos a pressões pois sem exagerar os poderes do "império", o FMI, o BIRD, o comando da OTAN, etc, estão em mãos de representantes dos Estados Unidos.  Aqueles que menosprezam tais postos recaem no mesmo erro dos que os exageram.  Só não podemos desprezar estes dados.
O voto do Líbano, se abstendo, é indicativo do temor que os libaneses têm de uma eventual retaliação israelense ou, no que é tão ruim quanto, serem apanhados de novo num fogo cruzado entre o Hezbolah [apoiado pelos iranianos] e Israel.  Mesmo tendo um grande peso no governo, o Hezbolah e suas estruturas militares não puderam, ou quiseram, impor uma posição de veto às sanções no CS.  Se foi isso, alguma coisa está errada nas avaliações sobre as relações do Hezbolah com o governo libanês: ele têm ou não força naquele governo?  Seja por temor ou por indefinição, o embaixador libanês se absteve.
A Liga Árabe apoiou o acordo tripartite e pelo menos em tese, rejeitou novas sanções da ONU contra o Irã, pelo menos de imediato.
O governo iraniano desdenhou das novas sanções e provavelmente está aguardando o posicionamento da AIEA.
Vale lembrar que a justificativa da invasão ao Iraque era que "existiam" armas de destruição em massa.  No caso iraniano, a única acusação é de que o programa nuclear oficialmente pacífico, poderia ter uso militar.
Ou seja, sem isentar o Irã de responsabilidades pela situação, até agora ele é "culpado por suspeita"!
Que o Brasil e aTurquia continuem defendendo seu acordo, e bem faz, segundo Clóvis Rossi, de rejeitar novas discussões quando as concessões são respondidas com mais ameaças.

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