O Brasil “muito
provavelmente” escolherá o caça militar francês Rafale para modernizar a Força
Aérea, disseram fontes do governo, uma decisão que garantiria um dos contratos
de defesa mais cobiçados dos mercados emergentes para um avião cujo futuro
estava em dúvida apenas duas semanas atrás.
A presidente Dilma
Rousseff e os conselheiros dela acreditam que a proposta da Dassault Aviation
para vender pelo menos 36 Rafales tem os melhores termos entre as três ofertas
finalistas, disseram à Reuters fontes sob condição de anonimato.
Dilma tinha
preocupações sobre o Rafale porque o jato não tinha encontrado ainda nenhum
comprador fora da França. Isso criava dúvidas sobre se a Dassault teria a escala
necessária para produzir e manter os jatos a um custo razoável.
As fontes disseram
que as preocupações envolviam negociações exclusivas para comprar 126 Rafales. O
ministro da Defesa do Brasil, Celso Amorim, viajou a Nova Délhi na semana
passada para discutir o negócio com autoridades indianas e analisar documentos
relacionados à oferta da Dassault.
“O acordo com a
Índia mudou tudo”, disse uma das fontes. “Com a decisão da Índia, agora é muito
provável que o Rafale seja o vencedor aqui”, acrescentou.
As ações da
Dassault subiam 4 por cento em Paris nesta segunda-feira. Um porta-voz da
companhia não comentou o assunto.
As outras duas
fabricantes interessadas na compra brasileira são a Boeing, com o F-18, e a
Saab, com o Gripen.
A Boeing afirmou
que ainda está na disputa. “Nós estamos promovendo nossos melhores esforços e
tenho certeza de que outras companhias também estão fazendo isso”, disse o
vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Boeing, Jeff Kohler, durante a
feira de aviação de Cingapura.
O contrato terá um
valor inicial de cerca de 4 bilhões de dólares, mas provavelmente vai valer
consideravelmente mais ao longo tempo conforme serviços de manutenção e mais
encomendas forem incluídos.
A Boeing afirmou
que a visita de Amorim à Índia pode ter colocado o caça francês na liderança da
disputa, mas isso não significa que o F18 Super Hornet está fora da
briga.
“O governo dos
Estados Unidos tem sido muito pró-ativo no apoio ao Super Hornet no Brasil e eu
antecipo que veremos discussões bilaterais nos Estados Unidos com a presidente
Dilma. Teremos o mesmo nível de negociação em termos do Super Hornet”, afirmou o
vice-presidente da divisão de desenvolvimento de negócios internacionais da
Boeing, Mark Kronenberg.
As fontes
afirmaram que a Dassault ofereceu a melhor combinação de aeronave de alta
qualidade e compartilhamento de tecnologia que Amorim afirma ser muito
importante para um acordo. O Brasil espera usar a tecnologia para expandir sua
própria indústria de defesa, liderada pela Embraer.
As fontes
disseram, porém, que desdobramentos inesperados, especialmente uma ruptura no
diálogo da Índia com a Dassault, podem ainda fazer Dilma mudar de
ideia.
Elas afirmaram
ainda que a decisão da presidente provavelmente não será anunciada antes da
eleição francesa entre abril e maio, na tentativa de não deixar o acordo ser
excessivamente politizado.
A compra dos caças
pelo Brasil passou por uma série de desdobramentos ao longo dos anos. O
antecessor de Dilma, Luiz Inácio Lula da Silva, tinha dito em 2009 que o Brasil
escolheria o Rafale, mas ele deixou o governo sem finalizar o
negócio.
Fonte:
Reuters
Enquanto isso no páreo....
Enquanto isso no páreo....
Após um longo processo de avaliações e várias informações que aparentemente desqualificavam o Gripen na disputa para substituir os F-5 suiços, o pequeno notável suéco vence a disputa.
O anuncio foi feito após a grande repercussão de relatórios de avaliação vazados, nos quais o caça escolhido não teria atingido os requisitos de desempenho da Força Aérea Suíça, ficando atrás dos outros dois competidores ( Dassault Rafale e o Typhoon do consórcio Eurofighter) e também dos atuais F/A-18 Hornet suíços.
O chefe do Departamento de Defesa, Ueli Maurer, deu explicações sobre a escolha do Gripen, citando que os relatórios que vazaram são referentes á uma avaliação realizada em 2008 sobre o modelo C/D, porém a aeronave selecionada da versão E/F atende satisfatóriamente aos requisitas daquela nação.
A escolha não significa porém que o processo esta concluído, uma vez que agora passa para a fase de avaliação política, onde só após a conclusão dos trabalhos por parte do governo federal e parlamento, só então será assinado o contrato para o fornecimento das aeronaves aquele país. segundo anunciado, a assinatura da compra deve ser por volta de junho.
O Gripen NG é um dos finalistas do programa de reaparelhamento da FAB, o FX-2, o governo brasileiro ainda não se pronunciou sobre a escolha da nova aeronave da Força Aérea Brasileira, onde se especula que recaia sobre o caça francês Dassault Rafale. Não significando porém que o pequeno notável suéco esteja fora do páreo, uma vez que a SAAB tem feito um vasto investimento no Brasil afim de demonstrar seu comprometimento com os requisitos de transferencia de tecnologia.
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