A Rússia vem aumentando as despesas
militares enquanto os EUA e a Europa as vão diminuindo. Nos próximos quatro
anos, o financiamento do ramo militar russo será incrementado anualmente em
cerca de 20%, podendo atingir o recorde de 104 bilhões em 2016 versus 64
bilhões em 2013.
Ao todo, no programa estatal de armamentos
até 2020 serão investidos 770 bilhões de dólares. O observador militar,
Vladimir Shuriguin, comenta:
"O dinheiro será destinado para a
compra de armamentos e equipamentos novos que não foram adquiridos ao longo dos
últimos 20 anos. A parte de leão dos recursos será gasta a projeção de novas
armas. Isto permitirá aumentar em 50 % a quantidade de armas e equipamentos ao
serviço das Forças Armadas do país."
O programa estratégico de modernização
militar deverá ser concretizado até 2020. Em 2014, na Rússia será criado um
centro estatal de veículos não tripulados e, mais tarde, tais centros serão
instituídos em cada uma das 4 circunscrições militares. Em 2015, será projetado
um novo carro de combate T-99, em 2016 – o sistema de mísseis antiaéreos S-500.
Em 2013, as Forças Armadas serão dotadas de sistemas supermodernos Pantsir-S1,
capazes de efetuar um rastreio simultâneo de 20 alvos aéreos. Em breve, será
lançada ainda a produção em série de um míssil sem análogos no mundo que poderá
abater tanto os drones, como os caças F-22 Raptor. Os avultados meios serão
investidos ainda na melhoria das condições do serviço militar. Segundo o novo
programa, nas casernas, para além de cabines de duche, serão instaladas 20 mil
máquinas de lavar e aspiradores de pó. No parecer do general Alexander
Vladimirov, o Estado deverá revelar um cuidado especial em relação ao pessoal.
"Agora é muito importante criar um
sistema moderno de formação de oficiais que seja adequado aos principais
requisitos da condução de operações militares. É necessário educar oficiais,
capazes de tomar a iniciativa, tomar decisões oportunas, saber realizá-las e
responsabilizar-se por seus resultados. Para tal também precisamos de dinheiro
para que a Pátria não esqueça que, para além de tanques e equipamentos, o mais
importante é o espírito!."
Um dos problemas atuais passa pela
composição das Forças Armadas. Os soldados que prestam o serviço sob o contrato
estão sendo atraídos por boas condições de hipoteca e por vencimentos mais
altos do que o salário médio. Para os futuros oficiais é importante ter acesso
ao ensino superior e - após a reforma – assistir aos cursos de reciclagem
profissional.
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