E se os Estados Unidos decidirem lançar
uma ação militar contra a Síria, o que pode acontecer? Na tarde deste sábado, o
presidente Barack Obama afirmou que pretende atacar a Síria, aguardando apenas
a aprovação do Congresso. "Vou pedir autorização para o uso da força aos
representantes da população americana no Congresso. Teremos debate e votação
quando o Congresso retornar ao trabalho", disse o presidente americano em
um pronunciamento no Jardim da Casa Branca acompanhado do vice-presidente, Joe
Biden. "Estamos preparados para atacar quando quisermos", disse o
democrata.
O jornal americano USA Today listou cinco
possíveis cenários diante da ação militar, relatando eventuais efeitos
colaterais do ataque.
1) Falha
O ataque falha e não
consegue impedir Bashar al-Assad, a quem o jornal chama de ditador, de
continuar sua "matança de civis" para interromper a rebelião que já
dura mais de dois anos. Uma falha dessas colocaria muita responsabilidade sobre
o presidente Barack Obama e resultaria em pressão sobre os Estados Unidos para
aumentar ainda mais o uso da força, uma vez que a barreira que impede o uso das
armas militares americanas teria sido cruzada.
2) Retaliação da Síria
A Síria lança um ataque
sobre a vizinha Israel para tentar reagir: uma resposta que ameaçaria a parte
do Oriente Médio aliada aos Estados Unidos que se opõe a Assad, mas não quer
apoiar Israel - países como Jordânia, Arábia Saudita, Turquia e os Emirados
Árabes Unidos.
3) Irã vem à tona
O Irã tem ameaçado com
frequência sobre o uso de suas embarcações navais para limitar o acesso ao
Estreito de Ormuz, uma região no Golfo Pérsico próxima à costa iraniana por
onde 20% do petróleo do mundo passa. O movimento forçaria a Marinha americana a
responder com outros possíveis ataques militares. O Irã, uma teocracia xiita muçulmana,
poderia estimular grandes populações xiitas em países árabes aliados para se
revoltar contra seus líderes.
4) Ataque terrorista
Grupos terroristas no
Oriente Médio, como Hamas e Hezbollah, lançam ataques contra alvos americanos
na região, bem como a aliados dos Estados Unidos. Esses alvos poderiam incluir
bases como o porto da V Frota da Marinha americana no Bahrein.
5) Rússia vence
A Rússia, que sob o
comando de Vladimir Putin aumentou a repressão interna enquanto tenta fazer
crescer sua influência internacional, se tornaria uma peça importante no
Oriente Médio ao ajudar a Síria a resistir ao ataque americano. Isso
fortaleceria o eixo antiamericano de Irã e Síria e levar a uma maior
desestabilização da região com importantes valores econômicos e estratégicos
para as nações ocidentais.
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