O Irã concordou em firmar um acordo neste domingo (09/02) com a AIEA
(Agência Internacional de Energia Atômica da ONU) para tomar sete novas
medidas de cooperação que têm o intuito de apaziguar as preocupações
internacionais a respeito do seu programa nuclear.
Agência Efe
Embaixador iraniano da AIEA, Reza Najafi (à esq.), conversa com Tero
Varjoranta (à dir.), diretor-geral do órgão, após firmar acordo em Teerã
Em conjunto com a AIEA, a OEAI (Organização de Energia Atômica do Irã)
divulgou um comunicado, declarando que a república islâmica cumpriu seis
compromissos requisitados no Memorando de Entendimento, assinado em
novembro e com prazo para até o dia 11 de fevereiro. Agora, ambas as
partes acertaram cooperar em outros sete pontos, que deverão ser
efetivados antes do dia 15 de maio, assinalou o embaixador iraniano na
AIEA, Reza Najafi.
Outros detalhes das novas medidas não foram divulgados até o momento,
mas devem ser publicados em breve pelo diretor-geral da AIEA, Tukiya
Amano, aos 35 países que participam do conselho do órgão. Contudo, o
porta-voz da organização atômica iraniana, Behrouz Kamalvandi, já
antecipou que, nestes novos sete pontos, não está inclusa a entrada dos
inspetores da AIEA à instalação nuclear de Parchin, acesso que a
organização reivindica há anos.
Transparência em Teerã
De todo modo, o novo acordo também pode representar um passo positivo para as negociações paralelas entre o Irã e o Grupo 5+1
(China, Rússia, EUA, Alemanha, França e Reino Unido) que estão
previstas para acontecer novamente no dia 18 de fevereiro para tentar
chegar a uma solução diplomática para a questão nuclear.
No fim de novembro, essas reuniões paralelas chegaram a um acordo em Genebra, firmando o compromisso de Teerã suspender o enriquecimento de urânio a 20% e
congelar as demais atividades nucleares — em troca de um levantamento
limitado das sanções internacionais. Tudo isso por um prazo de seis
meses.
Há anos, a AIEA acusa o Irã de não cooperar. Frequentemente, a
comunidade internacional acusa que seu programa nuclear tenha objetivo
militar – o que é negado pelo governo de Teerã.
Agência Efe
Inspetores da AIEA visitaram o Irã com frequência para verificar o cumprimento do pacto de Genebra, em novembro
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