A Rússia precisa de novos porta-aviões.
A companhia
russa Bureau de Projeção do Neva está desenvolvendo protótipos de três
classes de porta-aviões para a Força Naval da Rússia. Trata-se de
porta-aviões ligeiro, médio e pesado. Se a variante for escolhida, a
projeção da nave poderá ser começada em breve.
Atualmente,
a Marinha russa tem em dotação um cruzador porta-aviões pesado Admiral
Kuznetsov, que entrou na composição da Força Naval há mais de 20 anos.
Tal idade, porém, não é bastante grande para os navios dessa classe,
destaca o vice-presidente da Academia de Problemas Geopolíticos,
Konstantin Sivkov:
“Porta-aviões
americanos estão em serviço a mais de 50 anos, o que se considera
normal. O porta-aviões é um tipo de navio que se torna caduco lentamente
e têm um enorme potencial de modernização. Basta substituir seus grupos
de aviação e o potencial do navio cresce bruscamente.”
Uma breve análise comparativa dos grandes porta-aviões. |
No entanto,
a Rússia precisa de navios de nova geração. A Marinha russa deve ter no
mínimo nos tempos de paz quanto mais nos tempos de guerra um
porta-aviões na zona do Atlântico e mais um na zona do Pacífico. Para o
período de manutenção técnica e de reparação, o porta-aviões deve ser
substituído e, portanto, são necessários dois porta-aviões no Norte e
mais dois no Pacífico.
Na opinião
de muitos peritos, a instalação energética do navio deve ser comum e não
atômica, porque, no caso de ser atingido por mísseis e da destruição do
reator, o navio de combate não poderá ser utilizado. A destruição da
instalação energética provocará contaminação maciça de estruturas do
navio e numerosas vítimas entre tripulantes.
O grupo
aéreo do futuro porta-aviões deve ter não menos de 70-75 aviões e
helicópteros de combate, inclusive 40-50 máquinas de assalto, ou seja
caças ou universais, tais como, por exemplo, Su-33. As restantes 30
máquinas deverão ser aviões de abastecimento combativo, diz Konstantin
Sivkov:
“Para tal
grupo aéreo será necessário um navio deslocando 75-85 mil toneladas. Bom
seria se este possuisse um sistema de defesa antiaérea, capaz de
responder, no mínimo, aos ataques de pequenos grupos de mísseis de
cruzeiro em condições de interferências ativas. Naturalmente, deve ser
equipado com radares e meios de perturbação radioeletrônica de última
geração e um sistema contemporâneo de controle aéreo.”
A China, a estratégia soviética e a competição com os porta-aviões dos EUA. |
O número de
porta-aviões na composição da Marinha é ditado por tarefas de garantia
da segurança militar. Como exemplo, podemos citar a experiência da
Segunda Guerra Mundial. A Inglaterra, situada em ilhas, garantia a
segurança principalmente à conta de uma frota potente. O país construía
muitos cruzadores, capazes de proteger fronteiras marítimas. Esta foi
uma das causas pela qual Hitler renunciou a ataques navais à Inglaterra.
Os Estados
Unidos dispõem de 11 porta-aviões em conformidade com as tarefas
colocadas pelas Forças Armadas: ampliar no máximo sua influência no
mundo. Durante a realização das operações de envergadura Tempestade do
Deserto e Choque e Pavor contra o Iraque, os americanos utilizaram 5-6
porta-aviões.
A Força
Naval da Rússia, incluindo as forças aerotransportadoras, não enfrenta
as tarefas de alargar seu domínio e de estabelecer controle sob outros
países. Têm por missão garantir a realização de ações
político-diplomáticas limitadas pelo volume.
A Rússia precisa de uma frota de porta-aviões poderosa para garantir sua presença na América Latina. |
Ao mesmo
tempo, um porta-aviões concede apoio a navios nas zonas, onde não pode
atuar a aviação costeira de assalto. Porta-aviões são uma condição-chave
para garantir a capacidade de navios numa zona marítima distante no
caso de surgimento de conflitos.1
Rússia desenvolve três tipos de porta-aviões para a Marinha.
O gabinete
de estudos e projetos de São Petersburgo, Nevskoe PKB, tomou a
iniciativa de desenvolver porta-aviões de três classes para a marinha de
guerra russa, disse seu diretor geral, Serguei Vlasov, durante a feira
internacional de armas terrestres e navais Defexpo 2014.
Na Rússia, desenvolveram um sistema de pouso “cego” em convés. |
Os
porta-aviões que estão sendo desenvolvidos pelo Nevskoe PKB são das
classes leve, média e pesada. Os trabalhos realizados pelo gabinete
permitirão elaborar mais rapidamente o projeto caso tal decisão seja
aprovada a nível superior. Segundo Vlasov, os novos porta-aviões podem
ser equipados com catapultas eletromagnéticas.2
[1] Autor: Oleg Nekhai – http://portuguese.ruvr.ru/2014_02_13/R-ssia-precisa-de-novos-porta-avi-es-3660/
Nenhum comentário:
Postar um comentário